
Foi realizada nesta sexta-feira (25) em Curitiba uma reunião para organizar a Comissão Provisória de fundação do Sindicado dos Escritores do Brasil (Sinebras). A reunião ocorreu na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na rua Visconde do Rio Branco, em Curitiba.
O Sinebras se propõe a ser uma entidade sindical de profissionais liberais que tem como principal meta enfrentar as questões éticas relacionadas ao uso da inteligência artificial e das neurociências que interferem no processo criativo humano.
O sindicato também lutará pela valorização dos direitos autorais de escritores, roteiristas, tradutores, revisores, capistas, cartazistas, ilustradores, quadrinistas, desenhistas e blogueiros e dos profissionais que produzem livros e obras físicas e digitais em qualquer formatos.
Para o escritor Jorge Bernardi, autor de mais de uma dezena de livros como romances, contos, histórias em quadrinhos e obras acadêmicas, este é um momento crucial em que a inteligência humana está sendo substituída pela inteligência artificial. “Temos que encontrar o nosso espaço profissional quando o mundo está mudando numa velocidade estonteante. A inteligência artificial está apenas começando, e nós temos que nos adaptar a esses tempos de mudanças”.
Segundo Bernardi, a ideia inicial era criar um sindicato voltado aos escritores de Curitiba e do Paraná. “À medida que fui contatando as pessoas, surgiram escritores de Santa Catarina, do Mato Grosso, do nordeste, do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e outros estados. Decidimos transformar o sindicato para ter uma abrangência nacional”, explicou.
Outro objetivo do sindicato será a representação juntos aos órgãos públicos da categoria profissional. “Muitas vezes tem de pagar para que nossas obras sejam publicadas, não recebemos direitos autorais. Lutaremos por direitos autorais justos”, afirmou Bernardi. “Vamos promover cursos, workshops, seminários, congressos, concursos literários e outros de aperfeiçoamento e atualização profissionais”.