Com uma carreira consolidada no cenário musical brasileiro, a banda NX Zero, formada por Di Ferrero (vocal), Gee Rocha (guitarra), Daniel Weksler (bateria), Caco Grandino (baixo) e Fi Duarte (guitarra), lança seu sétimo álbum, Em Comum. Com uma sonoridade diferente, mas sem perder as raízes do rock, pop rock, punk e hardcore, a banda mostra amadurecimento, fruto de 10 anos de carreira, comemorados com o Multishow Ao Vivo – NX Zero 10 anos, indicado a Melhor Álbum de Rock Brasileiro no Grammy Latino.
As influências da música brasileira aparecem com mais força em Em Comum, que reúne 12 faixas inéditas. E o grupo, mesmo mantendo o estilo pop rock, vive uma fase mais tranquila e solta Foi um processo bem natural, porque esse disco representa o que a gente está vivendo. Depois de 10 anos, resolvemos fazer algo novo e o álbum saiu mais leve, conta Di Ferrero. Nós experimentamos mais, outros temas, outro jeito de gravar. E esse era o momento de fazer isso, porque as coisas mudaram para nós, cada um tem a própria vida, mas ainda seguimos fazendo som juntos.
Canções como Sem Hora para Voltar e Hoje o Céu Abriu comprovam esse novo som mais descontraído do quinteto, enquanto Guerra por Paz passa uma mensagem mais forte. A inovação das faixas veio em decisão comum dos integrantes da banda, que quiseram mostrar uma mistura de estilos em letras poderosas.
Estilos que parecem não ter nada a ver combinam, têm tudo a ver Essa ‘mistureba’ é que é legal. O rock continua sendo a nossa essência, mas ouvimos coisas além disso. Esse é o começo de uma coisa nova, continua Di. Em 10 anos, depois de ver tanta gente, trocar ideia, dá pra colocar uma coisa pra fora com maturidade. Sem medo de arriscar arranjos diferentes, o vocalista diz que o grupo chegou à conclusão de que experimentalismos também respondem à vontade dos fãs. E o público, como o próprio NX, cresceu e se transformou.
No começo, era a molecadinha que gostava, e mais mulheres. Hoje, todo tipo de gente, homens e uma galera mais velha. Não tínhamos um estilo popular, mas conquistamos muita gente. Bandas como CPM 22 e Charlie Brown Jr. nos abriram as portas e faremos o mesmo para os próximos.
Rodando o Brasil com a turnê de Em Comum, o NX Zero se orgulha em conseguir preservar a popularidade, manter-se fiel ao estilo que é característico. Hoje, eles lidam melhor com críticas. O tempo foi muito bom para isso. Antes, quando falavam que nossa música era emo, a gente ficava chateado. Deixavam de ouvir por um rótulo, diz Di. Já mudamos a visão de muita gente. Como qualquer banda nova que passa por isso, quem é forte é quem consegue.