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Foto: Franklin de Freitas

Um lineup de vozes e ritmos diferentes da música brasileira capaz de empolgar um público de todas as idades. O Festival Coolritiba reuniu na sua sétima edição, no último sábado (17), 18 mil pessoas na Pedreira Paulo Leminski. Com tempo bom, os fãs aproveitaram cada show ao máximo em um coro que não perde para nenhum festival em São Paulo ou Rio de Janeiro. A qualidade técnica nos shows, com luzes e som perfeitos também merece os parabéns.

Fica até difícil eleger o melhor show, já que todos foram muito bons e diria até emocionantes. Ou seja o Coolritiba cumpriu a missão mais valiosa de um festival, que é atrair fãs de diversos nichos e apresentar novos sons. Além de dar espaço para artistas locais, como Klüber e Terraplana.

Vale a pena destacar, no entanto, Liniker que apresentou a turnê Caju, que a colocou em um novo patamar de shows. Grandioso, com um uma banda de respeito, backing vocals mais que competentes, o show amplia a afetividade e poder das canções de Liniker, que hoje é uma das maiores cantoras do Brasil. Caetano Veloso estreou no Coolritiba a nova turnê, o primeiro depois da série de apresentações com irmã Maria Bethânia. O repertório incluiu sucessos da carreira de Caetano, músicas inéditas, além de rock e músicas românticas, e uma homenagem a Gal Costa, que fez o público chorar.

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Uma das surpresas, pelo menos para mim, foi o show de João Gomes, cantor e compositor brasileiro de forró e piseiro. O repertório, de músicas próprias e releituras de sucessos de outros cantores como Alceu Valença, Tim Maia, transformou a Pedreira Paulo Leminski em um grande forró.

Também teve rock emocionado, com CPM 33 e Fresno. E rap com Baco Exu do Blues e Matuê, também velhos conhecidos do Coolritiba, além de Mariana Aydar, Maneva e os curitibanos do Jovem Dionísio. Todos eles tocaram no palco maior chamado Palco Cool Stage.

Os Garotin também surpreenderam com um show repleto de hits do álbum “Os Garotin de São Gonçalo”, que levou o Grammy Latino 2024 na categoria “Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa”. A rica sonoridade do trio passeia entre o R&B, soul music, MPB e o pop, além do bom humor. Uma pena que eles, assim como o Fresno estavam no palco menor dentro da Ópera de Arame, também no Complexo Parque da Pedreira.

Palco Ópera com limite de público

Esse foi um dos problemas dessa edição do Coolritiba. Muitas atrações estavam no chamado Palco Ópera Stage, que tinha limite de público. Então, muitos fãs ficaram horas na fila tentando entrar neste local sem sucesso. Lá, também tocaram Klüber, Terno Rei, entre outros. E mesmo que não houvesse limite de pessoas na Ópera, não havia tempo hábil para se deslocar de um palco para outro.

Nas edições anteriores, eram dois palcos na Pedreira propriamente dita, onde os artistas se alternavam sem pausa. Me parece que o modelo dos dois palcos funcionava melhor.

Nesta sétima edição, também havia um terceiro palco na área da pedreira, perto da praça de alimentação, o Palco Lab Stage, onde tocaram, Angela Soul, Rubia Divino, Terraplana, Tangerim, Bidesão, Dow Raiz e Crizin da Z.O.

Ativações de marca fizeram sucesso no Coolritiba

Nesta edição, as ativações de marca, como TIM, Rede Bull, Milli, foram sucesso entre o público, com experiências atrativas que muito lembravam os grandes festivais com Lollapalooza e Rock in Rio.

Por mais banheiros femininos no Coolritiba

De fato não é um problema só do Coolritiba, mas as filas nos banheiros, principalmente nos femininos, foram um problema nesta sétima edição. Em alguns momentos, o tempo de espera chegava a meia hora. Por mais inclusão, mas mulheres agradeceriam se a organização do Coolritiba disponibilizasse mais banheiros femininos.

Também senti falta de mais pontos de hidratação e lixeiras.

Preço das bebidas e comidas

Na venda de bebidas e comidinhas, as filas também estavam grandes, mas a venda antecipada de tickets ajudou e bastante, assim como empenho dos funcionários em serem rápidos e simpáticos. Sobre os preços dos produtos vendidos, estavam altos. Mas não me lembrou de nenhum festival de música no Brasil ou fora do país que tenha comida e bebida com preço justo.

E vem mais

O Coolritiba do último sábado mostrou que ainda virão muitas edições e com mais surpresas. A cada edição, está melhor. E quem sabe no próximo não precise de um espaço ainda maior que a Pedreira Paulo Leminski.