O Ministério da Cultura (MinC) divulgou uma nota de pesar pela morte do cineasta, crítico e teórico do cinema brasileiro, Jean-Claude Bernardet, neste sábado (12), aos 88 anos.
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Considerado um dos nomes mais influentes do pensamento cinematográfico do país, ele escreveu obras como Cineastas e Imagens do Povo; Filmografia do Cinema Brasileiro; Cinema Brasileiro: Propostas para uma História; e Brasil em Tempo de Cinema.
Jean-Claude Bernardet era belga naturalizado brasileiro em 1964
Nascido na Bélgica, de família francesa, Jean-Claude passou a infância em Paris, capital da França, e veio para o Brasil aos 13 anos, naturalizando-se brasileiro em 1964. O autor referência se formou pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, e recebeu o título de doutor em Artes pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).
Ao se interessar pelo cinema brasileiro, principalmente pelo cineclubismo, começou a escrever críticas no jornal O Estado de S. Paulo a convite de Paulo Emílio Salles Gomes. Foi um renomado interlocutor do grupo de cineastas do Cinema Novo, e especialmente de Glauber Rocha. Participou da criação do curso de cinema da Universidade de Brasília (UnB), e deu aulas de História do Cinema Brasileiro na ECA, até se aposentar em 2004.
Entre os anos 1990 e 2000, passou a dirigir e atuar com mais frequência. Destacam-se as obras: São Paulo, sinfonia e cacofonia (1994); e FilmeFobia (2008), de Kiko Goifman, em que Jean-Claude desconstrói a própria imagem de intelectual.
Diante dessa partida, o MinC se solidariza aos familiares, amigos e admiradores desse importante nome do cinema do Brasil.