Há duas décadas, os jovens brasileiros só comentavam uma coisa: a chegada MTV ao Brasil. Na época, muitos deles sonhavam em ser VJ’s na emissora. De lá para cá, a MTV cresceu, se reinventou e ganhou o respeito do público. Ao caminhar pelos corredores do prédio na rua Professor Alfonso Bovero, no número 52, dá para entender como a MTV consegue captar o espírito de seus telespectadores. Feita por e para jovens, a sensação de quem assiste aos programas da emissora é a mesma de quem faz: animação e descontração.
Às 14 horas do dia 20 de outubro de 1990, a apresentadora Astrid Fontenelle leu um texto de apresentação da emissora para o País. Muita coisa maravilhosa aconteceu. Mas ser a primeira VJ a entrar no ar, apresentando o canal, faz com que eu esteja ligada à MTV para sempre, diz a apresentadora. Vinte anos mais tarde, a juventude que faz os testes para entrar no canal ainda colhe os frutos do sucesso dos antigos VJ’s.
Raquel Affonso, gerente de programação há 13 anos, fala que a infraestrutura foi evoluindo com a emissora e o público. No começo, havia poucos formatos. Era só a cabeça do VJ e o videoclipe. Agora, temos mais formatos. Por isso, precisamos de mais infraestrutura.  Segundo ela, outra aposta da emissora nesses últimos anos foi a implantação de programas de humor e comportamento.
Por isso, hoje em dia a casa não é formada totalmente por VJ’s. Não somos VJ’s, não falamos sobre música, diz Dani Calabresa. A MTV moldou e vem moldando várias gerações. Com suas nove horas de música diárias e seu formato descontraído, a emissora mostra de forma bem-humorada que música de qualidade e discussões de cultura não precisam ser pedantes nem incompreensíveis. E que venham mais 20 anos!