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Eleonore Koch, retratada na obra “As Cores e Amores de Lore”. Créditos: divulgação.

Durante os dias 6 e 10 de maio, o Museu do Holocausto promove a 1ª Mostra de Cinema Nacional do Museu do Holocausto de Curitiba, evento que tem como objetivo incentivar o debate sobre memória, identidade e resistência por meio do cinema. Realizado na Cinemateca de Curitiba, a iniciativa conta com o apoio da Prefeitura de Curitiba, da Fundação Cultural de Curitiba, da Comunidade Israelita do Paraná, do Consulado Geral do Japão em Curitiba e da Associação Cultural e Beneficente Nipo-brasileira de Curitiba (Nikkei Curitiba).

A Mostra trará ao público uma seleção de filmes nacionais que abordam histórias de sobrevivência e reúnem reflexões sobre os desafios da sociedade contemporânea. Os documentários abordarão temas como a Segunda Guerra Mundial, o Holocausto, migração e o impacto histórico desses acontecimentos na atualidade. Após algumas das sessões, haverá conversas com os realizadores, proporcionando um espaço de aprendizado e reflexão.

Entre os filmes convidados, está “Um Samurai em São Paulo”, dirigido por Débora Mamber Czeresnia, que será exibido na sessão de abertura, em 6 de maio, seguida de um bate-papo com a diretora. A produção conta a história de Taketo Okuda, mestre de karatê que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e teve sua trajetória entrelaçada à de uma aluna, neta de sobreviventes do Holocausto.

O longa “Mulheres em Auschwitz – Escritas da Resistência”, dirigido por Regina Miranda e Patrícia Niedermeier, revisita textos e objetos de mulheres que passaram pelos horrores do Holocausto, reconstruindo essas memórias de forma sensível e impactante.

Já “Um pouco de mim, um pouco de nós”, de André Bushatsky, investiga, por meio de depoimentos de sobreviventes e especialistas, como a história pode se repetir e o que pode ser feito para evitar que os mesmos erros sejam cometidos.

A arte tem espaço na Mostra com “As Cores e Amores de Lore”, de Jorge Bodanzky, que acompanha a vida e obra da pintora e escultora Eleonore Koch, revelando sua influência na arte contemporânea brasileira e suas reflexões sobre feminismo e sexualidade.

Histórias de fuga e reconstrução marcam o documentário “Portugal, Trampolim para a Liberdade”, de Ary Diesendruck, que examina o papel do país como rota de fuga para judeus durante o nazismo. O filme será exibido na sessão de encerramento, em 10 de maio, seguida de um bate-papo com o diretor Ary Diesendruck e o produtor Renato Sacerdote.

          A 1ª Mostra de Cinema Nacional do Museu do Holocausto de Curitiba convida o público a uma imersão histórica, utilizando o cinema como ferramenta de memória e reflexão. “O Museu tem o compromisso de atuar além dos seus muros e participar de discussões relevantes para a sociedade. Esta é uma oportunidade para, além de estreitar laços com os espaços públicos, proporcionar cultura e entretenimento de qualidade”, afirma Carlos Reiss, coordenador-geral da instituição. A entrada será gratuita e aberta a todos os interessados.

Confira a programação completa:

Terça-feira, 6 de maio, 19h:

Um Samurai em São Paulo – Sessão seguida de bate-papo

  • Diretora Debora Mamber Czeresnia
  • 70 minutos
  • Quarta-feira, 7 de maio, 19h:

Mulheres em Auschwitz – Escritas da Resistência

  • Diretoras Regina Miranda e Patrícia Niedermeier
  • 70 minutos

Quinta-feira, 8 de maio, 17h:

Um pouco de mim, um pouco de nós

  • Diretor André Bushatsky
  • 72 minutos

Sexta-feira, 9 de maio, 17h:

As cores e amores de Lore

  • Diretor Jorge Bodanzky
  • 80 minutos
  • Sábado, 10 de maio, 19h:

Portugal, Trampolim para a Liberdade – Sessão seguida de bate-papo

  • Diretor Ary Diesendruck
  • 60 minutos