Diogo Rosa e Larissa Kozan: tudo para ficar mais perto da banda amada (Franklin de Freitas)

Os lugares mais próximos da grade e, consequentemente, dos integrantes da banda Guns N’Roses no show que acontece na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, já estão garantidos. Um grupo de curitibanos fãs de Axl Rose, Slash e companhia acampa desde o último sábado (17 de setembro) nas proximidades do espaço onde acontecerá o espetáculo na próxima quarta-feira (21 de setembro), tudo para poder ficar mais perto dos artistas cujas canções marcaram suas vidas.

Do grupo de fãs, Diogo Rosa e Larissa Kozan estão ‘fixos’ no local desde o final de semana e só saem dali para tomar banho ou usar o banheiro (o que fazem com o auxílio de uma comerciante da região ou a ajuda de amigos que moram nas proximidades). Com eles, um outro grupo de fãs se reveza no acampamento improvisado, levando comida e algumas outras coisas que venham a ser necessárias durante a estadia.

Segundo Diogo, o empenho é grande, mas todo o esforço vale a pena. “A gente gosta disso aqui. Parece que quanto mais dias a gente fica na fila, mais próximo da banda a gente está. E isso aqui é para poucas pessoas, é muito amor”, afirma ele, enquanto Larissa comenta que a ansiedade era tamanha que simplesmente eles precisavam estar ali, não aguentavam ficar em casa, esperando.

“Em 2016 a gente ficou 18 dias acampados [antes do show] e toda vez que tiver a gente vem e não tem essa. É perrengue, mas vale a pena”, diz ela, que é fã da banda norte-americana desde a adolescência. “Nos dias difíceis eles me ajudam, nos dias bons eles me motivam também. Quando estou no show, interajo com eles, é uma sensação única. Vale a pena cada segundo que a gente passa aqui, as horas que a gente fica lá dentro de pé, para estar com eles pertinho e ter todas essas experiências de novo”, finaliza a fã.

‘[A banda] me salvou de um suicídio’

Fã de Guns há 20 anos, Diogo Rosa possui em seu corpo 18 tatuagens homenageando os ídolos. Tamanha devoção se explica pela importância e pelo papel transformador que os roqueiros tiveram em sua vida, inclusive ajudando-o a superar uma depressão.

“Eu conheci a banda com uns 12, 13 anos, e foi amor à primeira vista, amor à primeira vista mesmo. E a banda influenciou muito na minha vida, nas minhas amizades, nas minhas escolhas. Me salvou de um suicídio. É como se a banda fosse uma entidade. Daí você está no show… Eu não sei explicar… Os caras são uns deuses, é mais ou menos por aí”, afirma ele, que já acompanhou o grupo de perto em outras seis ocasiões.

“Vi eles em São Paulo no ano de 2010, no meu primeiro Rock in Rio em 2011, daí acompanhei eles em Curitiba em 2014 e em 2016, no Rock in Rio de 2017 e de 2022 e agora, uns poucos dias depois do Rock in Rio, vou assistir eles de novo em Curitiba”, celebra o curitibano, que pretende ficar colado na grade que separa o público dos artistas. “Pretendo ficar colado na grade, coladíssimo. No olho a olho com os caras.”