Apontado por muitos como o inventor do rock‘n’roll e um dos primeiros membros do Hall da Fama, Chuck Berry se apresenta nesta sexta, dia 20 de junho, em sua última turnê pelo mundo. Berry já realizou dois shows em São Paulo, depois de Curitiba, passa ainda por Porto Alegre e Rio de Janeiro.
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A lenda viva do Rock, 81 anos, que está na estrada há mais de 50 anos traz à capital paranaense todos os seus maiores sucessos como a balada romântica “Havana Moon”, o blues “Wee Wee Hours” e os clássicos “Roll Over Beethoven”, “Route 66”, “Memphis”, “Johnny B. Goode” e “Sweet Little Sixteen” – tocada na primeira viagem do homem à lua. “Vamos dar o que as pessoas querem ouvir’, revela Chuck que sem lançar um disco de inéditas há mais de 20 anos, continua a repetir, como faz desde 2001, que um novo álbum está prestes a sair. Para o show ele prometeu algumas canções novas, sem dizer quantas, ou quais. ‘Sempre tentamos entrar em novos territórios, mas não queremos ir longe do que nos trouxe sucesso e é mais confortável’, comenta. ‘Sabe, as pessoas não vêm para ver Chuck Berry cantando Michael Jackson ou hip-hop’, completa.
Tocar as mesmas músicas, no entanto, por tantas décadas, para ele não acaba entediando. ‘Como disse um jogar de beisebol, sobre fazer sempre as mesmas tacadas, isto nunca fica velho, nunca’, disse. ‘As músicas antigas viraram clássicos, e o clássico nunca morre, nunca fica velho. Não importa onde você vá, sempre irá ouvir ‘Garota de Ipanema’, por exemplo’, disse.
O cantor, guitarrista e compositor norte-americano, já fez alguns shows no Brasil — o último em 2002, no rodeio de Jaguariúna –, dos quais diz ter boas lembranças.
A banda que acompanha Berry (guitarra) é formada pelo seu filho Chuck Berry Jr (guitarra), sua filha Ingrid Berry Clay (gaita e vocal), James “Jim” Bassala (baixo), Bob Lohr (piano) e com a participação do brasileiro Maguinho Alcantara (bateria).
Agregando peso e atitude ao jazz, Berry influenciou nomes como os Beatles, Rolling Stones e Bob Dylan. Na década de 50, enquanto os EUA passavam por uma série de conflitos raciais, Chuck Berry fez dançar negros e brancos, subvertendo as regras morais de sua geração.