Ao longo dos anos, o rock brasileiro vem perdendo sua capacidade crítica. Uma situação totalmente distinta de meados dos anos 80, período em que o Rock foi utilizado como forma de expressão por uma juventude que viveu o período das maiores transformações políticas da história no país. Entre os participantes dessa mudança estava a Plebe Rude, nascida em Brasília assim como outros nomes representativos do rock brasileiro como Legião Urbana e Capital Inicial. Comemorando 25 de seu primeiro disco, os Plebeus desembarcam em Curitiba neste sábado, dia 23 de julho, para o lançamento  do CD/ DVD com o sugestivo nome Rachando Concreto: Ao Vivo em Brasília, em alusão ao seu álbum de estreia, O Concreto já Rachou, que revelou a Plebe Rude para o Brasil.
 
A Plebe Rude estabilizou sua formação nos últimos anos e conta com os remanescentes Philippe Seabra (vocal, guitarra, violão e sampler) e André X (baixo). Para completar, Clemente (líder da seminal banda punk paulista Inocentes), no vocal e guitarra, e o baterista Txotxa (ex-Maskavo Roots).
 
A banda é a única de ponta de sua geração que nunca gravou músicas românticas. Seus temas apontam para as incertezas políticas do país desde os estertores da ditadura até a atualidade e para o comportamento do ser humano em meio às dificuldades da vida. A Plebe surgiu da Turma da Colina numa época em que a polícia invadia a universidade para bater em estudantes e professores, em que a censura proibia canções e vetava sua execução pública. Isso na área da música popular, sem contar a perseguição ao teatro e à imprensa.
 
Sem fazer concessões, a Plebe Rude vendeu 500 mil cópias de seus seis discos, tocou no rádio e se apresentou na televisão. Agora é a vez de lançar seu primeiro DVD com um resumo da carreira bem sucedida mais a inédita Tudo Que Poderia Ser e duas homenagens importantes: Medo, do grupo punk paulista Cólera, e Luzes, que prometem fazer parte do set list do show. O público curitibano ainda poderá conferir sucessos como o hit Até Quando Esperar, Censura, Johnny vai à guerra (outra vez), Brasília, Seu Jogo, entre outras.
 
O novo trabalho foi gravado em setembro de 2010 ao ar livre na cidade de Brasília às margens do lago Paranoá com o Congresso Nacional de fundo. A produção musical é do vocalista e guitarrista Philippe Seabra, com direção de Rodrigo Ginaetto, produção do americano Kyle Kelsoe e masterização de Mathew Agoglia do Masterdisk Studio, de Nova Iorque. Rachando Concreto ao Vivo em Brasília também traz nos extras entrevistas com os integrantes da banda e videoclipes oficiais de R ao Contrário, Voto em Branco, O Que Se Faz e The Wake.

Chegam agora, ao sétimo lançamento, a saber: “O Concreto Já Rachou” – 1985, “Nunca Fomos Tão Brasileiros” – 1987, “Plebe Rude III” – 1988, “Mais Raiva do Que Medo” – 1993, “Enquanto a Trégua Não Vem” – Ao Vivo – 2001, “R Ao Contrário” – 2006 e o novo “Rachando Concreto: Ao Vivo em Brasília” – 2011.
 
 
Serviço:

Local: Yankee American Bar
Endereço: Rua Bispo Dom José, 2160 – Batel
Data e horário: 23 de julho de 2011 (sábado), a partir das 23 horas
Preços: R$34,00 (meia-entrada)