
Dentro de sua série de lives relacionadas à segunda edição do livro sobre os 40 anos do MinC, o Observatório da Cultura do Brasil (OCB) realiza nesta quarta-feira (3) um bate-papo sobre políticas públicas culturais e participação popular na cultura com duas pessoas batalhadores do meio cultural: Jul Pagul (de Brasília, DF) e Salomão Pedro de Oliveira (de Senhor do Bonfim, BA), com mediação do jornalista do Observatório da Cultura do Brasil, Rodrigo Juste Duarte (Curitiba, PR). A transmissão será feita no canal de Youtube do OCB: www.youtube.com/ObservatoriodaCulturadoBrasil
Jul Pagul é jornalista, carnavalesca, pesquisadora, produtora cultural e dona do histórico Balaio Café. Também conhecida como DJ Presença, é uma grande defensora do Carnaval de Rua do Distrito Federal. Salomão Pedro de Oliveira é músico violeiro, conselheiro estadual de cultura da Bahia e membro do Observatório Nacional e baiano de cultura.
A nova versão (3.1) do livro digital “40º Aniversário do MinC: uma análise da gestão diante de condenações do órgão em auditorias do TCU e CGU” traz mais de 1.100 páginas de pesquisa crítica e aprofundada sobre os 40 anos de existência do Ministério da Cultura, revelando falhas estruturais e ineficiências que atravessam diferentes governos. O novo livro está melhor organizado, com pontos revistos, entre outras melhorias. Devido a demanda coletiva das informações, a rede de pesquisadores do OCB decidiu tornar o livro público e gratuito, disponível no site www.observatoriodacultura.com.br.
Fruto de um trabalho coletivo de pesquisadores, juristas, jornalistas e acadêmicos ligados ao OCB, o estudo baseia-se em 35 processos de auditoria, quase 40 representações de congressistas e cerca de 300 reportagens. O documento aponta problemas sensíveis de gestão que se repetem ao longo do tempo, como os 26.086 projetos da Lei Rouanet sem prestação de contas, contratos de TI ineficientes, sistemas defasados ainda em papel e a dificuldade crônica de implementar o Plano Nacional de Cultura.
Embora faça críticas contundentes, a pesquisa não tem viés ideológico. Trata-se de um diagnóstico técnico e jurídico que expõe uma crise estrutural na administração cultural brasileira, atravessando governos de esquerda, centro e direita, sem entrar na polarização política ou na guerra cultural. O Observatório ressalta que o objetivo é fortalecer o Ministério da Cultura e contribuir para políticas públicas mais eficazes. O material também é acompanhado de quase mil documentos anexos, disponíveis para consulta pública: https://linktr.ee/Minc40anosRelatorio
Sobre o Observatório da Cultura do Brasil
O Observatório da Cultura do Brasil (OCB) é uma rede voluntária, progressista e independente de colaboração entre pesquisadores, juristas, jornalistas, conselheiros, acadêmicos e cientistas de áreas sociais e humanas. Defendemos a democracia, os direitos culturais, a transparência e o controle social. Fundado em 2011, produz, analisa e difunde pesquisas sobre política cultural, economia política da música, estudos jurídicos e midiáticos relacionados à cultura, que contribuem para ampliar a participação cidadã, fortalecer o ambiente democrático, promover controle social nos segmentos da cultura defender políticas culturais eficazes e voltadas para a população. Seus pesquisadores foram citados em mais de 250 trabalhos científicos e milhares de participações na imprensa e na internet.
Serviço:
Live: bate-papo do Observatório da Cultura do Brasil com Jul Pagul (DF) e Salomão Pedro de Oliveira (BA)
Data: 03 de setembro (quarta-feira)
Horário: 19h30
Transmissão on-line: www.youtube.com/ObservatoriodaCulturadoBrasil