Ao chegar aos 50 anos de carreira, Pepeu Gomes lembra da própria história, tocando músicas escolhidas por ele e por fãs que o ajudaram a estrear o show comemorativo no palco do Circo Voador, do Rio de Janeiro, em maio.

Aos que querem só o instrumentista, Pepeu avisa que ele não estará presente. Os temas instrumentais que aparecem em seu bem recebido álbum Alto da Silveira, o primeiro de inéditas em 20 anos, não farão parte do repertório.

“Antes de qualquer coisa, eu sou um instrumentista. Mas o que celebro nesse show é o meu lado compositor, cantor e arranjador.” O repertório traz músicas que ele não mostrava em shows há 20 anos, como Do Amor e O Mal Que Sai da Boca do Homem. Outras de maior abrangência pop serão Masculino e Feminino, Sexy Yemanjá, Eu Também Quero Beijar, Mil e Uma Noites e Raio Laser.

Novos shows pelo País já estão agendados para os meses de outubro e novembro. E, diz o músico, novos projetos estão sendo pensados como desdobramentos da turnê. “A ideia é gravarmos um CD e um DVD ao vivo durante a temporada.” Ele diz que não está descartado um projeto para fazerem um trabalho com material inédito dos Novos Baianos.

“Um país que havia feito uma passeata contra a guitarra elétrica”, lembra ele do movimento liderado por Elis Regina em São Paulo, nos anos 196o. “Fiquei mais conhecido do que os outros guitarristas porque eu fazia rock brasileiro. Nunca tive vergonha disso.”