Projeto leva a arte da palhaçaria a escolas públicas de ilhas do litoral do Paraná

Redação Bem Paraná, com assessoria de imprensa

Apresentação do projeto Ilha, Arte e Palhaçaria na Ilha de Teixeira, em Paranagua. (Crédito: Divulgação/Marcelo Andrade)

Um trabalho que mergulha fundo na difusão cultural e na responsabilidade social tem feito das ilhas paranaenses territórios cercados de amor à arte por todos os lados. A missão é empreendida pelo Projeto Ilha, Arte e Palhaçaria, que vem levando apresentações de palhaçaria gratuitas a comunidades caiçaras do litoral do Estado.

No total, 24 apresentações vão ocorrer em escolas municipais de 12 ilhas e em escolas rurais no continente. Em cena, estará sempre uma dupla de palhaços e, nos bastidores, uma equipe de apoio aos artistas. A agenda foi aberta em novembro do ano passado e segue até o próximo mês de junho. Nestes oito meses de realização, duas mil e quinhentas pessoas devem assistir ao espetáculo.

O projeto é desenvolvido pela N Produções Culturais & Eventos, empresa idealizadora dos grupos Especialistas da Alegria e Especialistas da Alegria Kids, que se dedicam a performances semelhantes em hospitais, escolas e outros espaços. Para a concretização das apresentações, a iniciativa tem o patrocínio da empresa Cattalini Terminais.

Em “Ilha, Arte e Palhaçaria”, a troca entre artistas e público é imediata e envolvida em uma aura de encanto que se estabelece já nos primeiros contatos. Os atores partem das cidades de Paranaguá e Pontal do Paraná, que fica a 120 km de Curitiba, e viajam até áreas insulares por meio de embarcações. Na chegada, o grupo artístico é recepcionado por moradores, que voluntariamente se oferecem para ajudar no desembarque e montagem do cenário, uma das demonstrações da acolhida calorosa.

“O Circo é Nosso” é o nome da peça em destaque no projeto. Em 50 minutos, o público imerge na história da palhaça Mínima e do palhaço Pituim, que querem ter seu próprio circo. Na falta de recursos, eles decidem, por conta própria, fazer tudo e assumem o papel de apresentadores, domadora, mágico, malabarista e até uma pulga adestrada. É um divertido convite à brincadeira e à diversão, enfatizando também o tema da segurança comunitária com foco nos moradores das ilhas e do continente.

Toda a experiência proporcionada ao público foi garantida por meio da Lei de Incentivo à Cultura, que apoiou a iniciativa.

“Entendemos que a Lei busca fomentar a arte e torná-la acessível aos públicos mais distintos e marginalizados da sociedade. O projeto abraça como objetivo levar cultura e arte para os povos caiçaras, que tem pouco ou quase nenhum acesso ao teatro, a arte e a palhaçaria”, acrescenta Jefferson Bertoldi, coordenador do projeto.
A arte e a cultura, complementa ele, geralmente geram impacto social e contribuem com uma formação humana muito significativa em nossa sociedade. “Ter a oportunidade de proporcionar o acesso à arte da palhaçaria a comunidades mais longínquas, geralmente com pouco contato com essa linguagem, é, além de um grande desafio, uma maravilhosa experiência, que certamente vai proporcionar lindas conexões e resultados.”

Flávia Bertoldi, coordenadora de produção do Ilha, Arte e Palhaçaria, complementa: “É um projeto encantador, que gera troca e conexão, pois ao mesmo tempo que levamos a arte da palhaçaria a esses locais, também mergulhamos e nos deparamos com ilhas ainda habitadas, por exemplo, por comunidades indígenas que nos mostram seus conhecimentos e culturas ancestrais”.

Ficha Técnica
Elenco: Ronaldo Pituim e Luz Medeiros
Coordenação de produção: Flávia Bertoldi
Coordenação do projeto, produção e sonorização: Jefferson Bertoldi
Assistente de Produção: Leandro Oliveira
Fotografia: Marcelo Andrade