Cultura ARAPUCA

Quadrilha de Evas promete sacudir o mito do pecado original no Mini Guaíra

Assessoria de Imprensa

Bea Fidalgo

Estreia na próxima semana, dia 17 de maio no Miniauditório do Teatro Guaíra, ARAPUCA. O espetáculo faz parte do projeto “Arapuca ou Eva Dando Voltas no Paraíso” realizado pela Espinheira Santa e contemplado pelo Programa de Apoio e Incentivo à Cultura Mecenato Subsidiado – Modalidade Iniciante.

A peça é uma investigação cênica inédita, que surge a partir do texto “Arapuca ou Eva dando voltas no paraíso”, de autoria de janaína fukuxima, desenvolvido no Núcleo de Dramaturgia SESI PR no ano de 2019 e de textos outros que emergiram do processo de criação. Quem assina a direção é Brenda Sodré.

No espetáculo, quatro Evas, incorporadas pelas atrizes Constancia Màtos, Janaína Micheluzzi, vitória gabarda e janaína fukuxima, estão em um vórtice temporal e revivem em um cenário apocalíptico, de maneira cíclica, o pecado original em diversos contextos bastante perspicazes.

“sabe aquela coisa que a gente repete mesmo não gostando, mesmo doendo, mesmo machucando. que a gente repete, repete, que não se dá conta que tá repetindo ou se dá conta depois que fez. ou ainda, que sabe o tempo todo que tá fazendo, mas ainda assim faz.”

ARAPUCA é um artefato sul-americano de origem indígena destinado a prender/capturar aves vivas, pequenos mamíferos e outros animais de caça. Uma espécie de gaiola feita de gravetos, comumente amarrados com fibras vegetais. Consiste em: colocar a armadilha em um lugar adequado, onde se sabe ser a passagem da presa ou seu habitat referencial; coloca-se embaixo da estrutura pequenas iscas e quando a presa se encontra em posição de captura o disparador é acionado por seu peso, fazendo cair sobre si, cair sobre si, tal estrutura de gravetos, impedindo-lhe a fuga!

“Aqui a arapuca é o paraíso, é o fruto, é a língua, a mordida, é o corpo. é também o conhecimento.

Ser presa de si mesma.

A arapuca já está.

Ela está aqui nas entrelinhas, entrepalavras… na palavra.”

Entendendo que a palavra faz parte da cultura e também reproduz mecanismos de poder, o projeto traz questões relacionadas à palavra “mulher” e toda a pluralidade que tenta escapar ou não desse conceito; busca ressignificar, criar uma fissurinha que seja na binaridade homem-mulher.

Durante a temporada, no dia 24 de maio, também acontece uma Roda de Conversa para falar sobre o modo de criação e produção cênica, juntamente com o Lançamento do e-book da Dramaturgia, que será no mesmo local, logo após a apresentação.

Serviço:

Espetáculo ARAPUCA

De 17/05 a 04/06 (de quarta-feira a domingo)

De quarta a sexta às 20h;

Sábados e domingos às 18h e às 20h.

Roda de Conversa: “Sacudindo as narrativas badaladas nos modos de produção” e lançamento do e-book “ARAPUCA” dia 24/05, teatro Mini Guaíra, após apresentação.

Classificação indicativa: 18 anos

Entrada franca.

Retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo. Sujeito a lotação.