Sesi apresenta “Hieronymus nas Masmorras”

A peça Hieronymus nas Masmorras, de Luiz Felipe Leprevost, com direção de Roberto Alvim e Juliana Galdino, em cartaz no Teatro José Maria Santos até quinta-feira (7), às 21 horas

Bem Paraná

A peça Hieronymus nas Masmorras, de Luiz Felipe Leprevost, com direção de Roberto Alvim e Juliana Galdino, em cartaz no Teatro José Maria Santos até quinta-feira (7), às 21 horas, é uma das atrações da Mostra Sesi Dramaturgia, que acontece em paralelo ao Festival de Curitiba. O autor foi formado pelo Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná. O diretor ministra a principal oficina de formação dos novos autores.
Hieronymus nas Masmorras, que estreou segunda-feira (4), é a segunda peça montada pelo Núcleo de Dramaturgia, com texto de novos autores. A primeira, montada na edição do ano passado do Festival de Curitiba, foi Como se eu fosse o Mundo, de Paulo Zwolinski.
Momento histórico — A Mostra Sesi Dramaturgia foi aberta na tarde de segunda-feira, com uma mesa-redonda que reuniu novos autores renomados no Brasil, como o próprio Roberto Alvim, Grace Passô, Jô Bilac, Pedro Brício e Marcos Damaceno. Eles falaram sobre o novo momento vivido pela dramaturgia e a retomada do teatro brasileiro.

Estamos em um momento histórico e inigualável dentro do teatro. Não tivemos tanta renovação desde a época do Renascimento europeu, destacou Alvim, ressaltando que a nova geração de autores é extraordinária, podendo ser comparada à produção italiana. Os dramaturgos foram unânimes ao afirmar que o teatro do século XX estava ligado à ideia de descoberta e humanidade, enquanto o novo teatro refere-se à inovação e manipulação da linguagem.  É bom ter a ambição da criação, de algo novo. Temos que sempre estar reinventando, mesmo porque uma arte só sobrevive se ela for reinventada. Com o teatro, não é diferente, afirmou Brício.

A dramaturga Grace Passô citou o diretor e dramaturgo argentino Daniel Veronese, que acredita que o teatro se constroi como um espaço de instabilidade e desequilíbrio, repleto de interrogações mais do que de respostas. Temos que ter um distanciamento da visão racional e da realidade, criar novas formas e leis, além de buscar novos paradigmas e rever convenções, disse. Para os participantes da mesa-redonda, são necessários momentos de reflexão que reúnam dramaturgos e a população para desmistificar a ideia de teatro elitista. É muito importante discutir a dramaturgia contemporânea e o fazer teatral. O Sesi está de parabéns pela iniciativa, elogiou Grace.
Leituras dramáticas – Também fazem parte da Mostra leituras dramáticas de cinco textos de autoria de integrantes do Núcleo: Fractal, de Patrícia Kamis (dia 5 às 15 horas e dia 6 às 18 horas); Depois, de Marcelo Bourscheid (dia 5 às 18 horas e dia 6 às 15 horas); Devastidão, de Andrew Knoll (dia 7 às 18 horas e dia 8 às 15 horas); Odiar o Próximo como a Si Mesmo, de Socrates Fusinato (dia 9 às 15 horas e dia 10 às 18 horas); e Hereditário, de Paulo Renato Oliveira (dia 9 às 18 horas e dia 10 às 15 horas). A entrada é franca.
Além dos trabalhos dos integrantes do Núcleo, a Mostra Sesi Dramaturgia promoverá a leitura do texto Um Sol Cravado no Céu da Boca, de Drika Nery com direção de Leonardo Moreira. Ambos são participantes do Núcleo de Dramaturgia Sesi – British Council, de São Paulo. A leitura acontece dia 7, às 15 horas, também com entrada franca.