
Imagina só ter acesso a produtos oferecidos por um banco tradicional (da abertura de contas até uso de poupança ou previdência privada), pagar juros menores e ainda receber uma espécie de distribuição dos lucros todos os anos? Essas são as chamadas cooperativas de crédito. Nesta instituição, o cidadão se torna usuário e ao mesmo tempo dono do serviço prestado.
As cooperativas são associações de pessoas e as decisões são tomadas por todos que usufruem do resultado anual do serviço. Com isso, não importa o poder aquisitivo daquele cliente, cada associado tem os mesmos direitos nas decisões. Essa organização é baseada em cooperação e ajuda mútua entre os seus membros. O objetivo final está em atender as necessidades de um grupo.

Com mais de 2,6 mil agências por todo o Brasil, o Sicredi é a maior rede de agências bancárias do Paraná. Ao todo, são cerca de 400 agências com uma característica marcante no serviço: ‘são pessoas que atendem pessoas’.
Em entrevista ao Bem Paraná, o gerente de desenvolvimento de negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ Gilson Farias, destacou que o relacionamento próximo é um dos focos do trabalho.
“Esse modelo de estar próximo faz a diferença, isso nos destaca e faz com que a gente saia do convencional. Esse relacionamento nos proporciona que você conheça, visite, traga para tomar um café e tenha contato com o cliente”.
O crescimento desse modelo é notável nos últimos anos. Na pandemia, por exemplo, vários negócios fecharam as portas. Enquanto isso, as cooperativas de crédito mantiveram o atendimento dos clientes ao longo. O resultado? Aumento no número de associados e liberação de 25% a mais de crédito que o mercado tradicional.
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“Mesmo nos momentos mais difíceis estamos ali para atuar junto com os empreendedores”, destaca Gilson.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode abrir contas nas cooperativas de crédito. Além disso, todos podem tomar empréstimos, ter cartões de crédito, entrar em consórcios, fazer operações de câmbio e investir em opções como previdência privada, renda fixa e nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Aumento no número de investidores

Um fenômeno que tem acontecido nos últimos anos é o aumento no número de investidores nas cooperativas. Tradicionalmente, essas instituições eram conhecidas apenas como sendo de crédito. No entanto, em meados de 2015, elas passaram a ser chamadas de “cooperativas de crédito e investimentos“.
Um dado que chama à atenção sobre as cooperativas é que elas estão em alta também nos pequenos negócios. Levantamento do Sebrae revela que dos R$ 149,2 bilhões contratados por pessoa jurídica, no primeiro trimestre de 2023, 52% foram destinados para micro e pequenas empresas, o que corresponde a R$ 78,26 bilhões.
A participação das cooperativas em cenários de instabilidade econômica e adversidades são um diferencial que tem resultado no crescimento do número de investidores.
“Aqui não é lugar apenas para crédito. Temos a poupança tradicional, crédito para o agro, setor imobiliário. O Sicredi investe! Temos a LCI, LCA, entre outras aplicações. Não deixamos o cliente desamparado quando ele tem um recurso e quer fazer a aplicação”, explica Gilson
O gerente de desenvolvimento de negócios do Sicredi ainda reforça que a agência tem sido capaz de trazer segurança ao investidor já é uma instituição presente há vários anos no ranking anual de projeção econômica do Banco Central.
“Por aqui é onde você consegue ter uma visão de mercado, saber o que vai acontecer com a inflação, PIB, dólar. Assim, você pega os ciclos que mais se aproximam daquilo que está acontecendo com a economia”
Juros reduzidos

O especialista do Sicredi explica que as cooperativas jamais vão visar o lucro, mas sim, oferecem juros menores do que os bancos tradicionais. Essa medida vale tanto para empreendedores quanto para pessoas físicas.
Uma característica da instituição está no retorno financeiro em razão das movimentações que foram feitas pelo associado ao longo do ano. O capital depositado é inclusive remunerado em até 100% da taxa Selic.
Como os cooperados são “donos do negócio”, os resultados financeiros, que são chamados de “sobras”, e não de lucro, podem ser divididos entre cada um deles.
65% das ações de educação financeira no Brasil

Outra pauta relevante em que o Sicredi está na liderança é a educação financeira. Uma das principais vertentes no trabalho desenvolvido está estimular uma gestão consciente e responsável das finanças, principalmente com os mais jovens. Nos últimos dois anos, a cooperativa foi responsável por 65% das ações da Semana Nacional de Educação Financeira.
“A gente pensa nessa ideia para olhar para o futuro. Nós temos vários programas para a comunidade, mostrar o que tem de diferente dos bancos tradicionais. Todo o material feito para educação financeira de jovens e adolescentes”, conta Gilson Farias.
Uma das iniciativas elaboradas é a “Cooperação na Ponta do Lápis”. Por meio de gibis e vídeos que são publicados nas plataformas digitais (assista vídeo sobre o assunto ao final deste tópico), a instituição fez uma parceria com a Mauricio de Sousa Produções. Por meio de conteúdo interativo, histórias são criadas para estimular crianças e adolescentes no aprendizado da educação financeira.
Gilson destaca que outra ação do Sicredi é frequentar escolas para falar sobre educação financeira. Esse trabalho é desenvolvido por gerentes e voluntários da instituição.
“Eu participei de algumas situações e tive a oportunidade de falar com um jovem que disse: ‘olha eu tenho 18 anos e é a primeira vez que me falam de educação financeira’. A mãe e o pai dele nunca ensinaram”.
Gilson ainda reforça como é importante conversar com os jovens sobre o assunto. “Quando criança a gente depende dos pais; adolescente a gente depende dos pais, mas quando é jovem, o que geralmente acontece? A necessidade é maior do que você ganha!”.
Pensando nisso, o objetivo do Sicredi é aprimorar as ações de educação financeira ao longo de 2024. A ideia é formar cidadãos mais responsáveis, microempreendedores e tornar empreendedores mais conscientes.
Assista ao vídeo do Sicredi com a Turma da Mônica
Como posso me associar ao Sicredi?

Se você quiser se associar ao Sicredi, Gilson Farias recomenda algumas alternativas: a primeira é ir até uma agência para conversar com colaboradores da instituição. Outra é entrar no site da cooperativa e abrir uma conta. Após realizado esse processo, um atendente vai entrar em contato com o cliente.
“Se você quiser você pode participar das decisões e dos resultados. Os outros bancos não tem isso”, diz Gilson,
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