CAPIVINA
Cris Yamashiro e a ‘CapiVina’, novidade na feirinha (Franklin de Freitas)

Que as capivaras em Curitiba se tornaram um grande sucesso, isso todo mundo sabe. Mas o que nem todo mundo esperava eram os salgados em formato de capivara. Há alguns anos, durante a pandemia, a “Pasteis Osamu Yamashiro” lançou o ‘capistel’, logo depois veio a ‘capixinha, o ‘capistel doce’ e agora é a vez da união dos preciosos de Curitiba: a capivina.

Quem vai à feira livre do Água Verde, ou à feira da Praça da Ucrânia, ou até mesmo na feira do Centro Cívico, com certeza já se deparou com os famosos salgados de capivara. A ideia surgiu com a dona, Cristiane Yamashiro, durante a pandemia e chamou atenção na internet. Os salgados viralizaram e hoje já são quatro opções das ‘capicomidinhas’ – além das pelúcias e até chaveiros.

Como na pandemia as feiras foram fechadas, por conta do distanciamento social, a ideia de Cris era chamar atenção dos clientes e deu super certo. “Fui fazendo desenhos na massa e tive a ideia de colocar a capivara, que é o mascote de Curitiba. Até comentei com a minha irmã e falei assim: ó, essa capivara vai fazer sucesso. E não deu outra. Viralizou, foi pra internet e até hoje é assim”, relata.

Capistel, capixinha e capivina em Curitiba

Depois do sucesso inicial, o cardápio foi expandido para incluir pasteis doces, coxinhas e até a “capivina” – uma mistura da capivara com a vina, a tradicional salsicha de Curitiba. “Quem em Curitiba não gosta de vina? Aí pensei em fazer e virar mais um atrativo”, conta Cris.

Hoje, os produtos são comercializados por a partir de R$15 reais. Na feirinha em Curitiba, o ‘capistel’ é maior que o tradicional, e o processo para moldar a coxinha e a vina são artesanais. A Yamashiro Pasteis fica às quartas na Feira do Centro Cívico, às quintas na Feira do Água Verde e aos sábados na Feira Livre da Praça da Ucrânia.

Yamashiro Pasteis, há mais de 50 anos nas feiras de Curitiba

Cristiane Yamashiro tem 44 anos e cresceu entre barracas de feira. Há mais de 50 anos, a família Yamashiro chegou ao Brasil e logo entrou no ramo das feiras. De início, a barraca era de legumes e vegetais, mas o pastel logo se tornou a maior atração.

“Então, na minha família, nós estamos já na quarta geração, meus filhos já estão trabalhando comigo. E a receita veio da minha tia, que trouxe pra família inteira quando ela casou com meu tio”, conta Cris.

Apesar do sucesso, o trabalho na barraca ainda é artesanal. Cada pastel e coxinha é moldado à mão, com o mesmo cuidado que a família mantém há décadas. “Tudo é manual, feito com muito carinho.” diz Cristiane.

A barraca, no entanto, se tornou mais do que um local para comer. É um espaço de encontro, diversão e até um pouco de fantasia. Cristiane ri ao lembrar das famílias que chegam vestidas de capivara, trazendo acessórios e pelúcias para compartilhar a experiência com os vendedores. “Às vezes vem a família inteira, crianças, adultos”, conta.

Hoje, a barraca dos Yamashiro é um grande sucesso em todas as feiras. Faça chuva ou faça sol, a fila é sempre enorme, e os atendentes são sempre muito alegres. Para Cris, o sucesso da Yamashiro foi algo além do esforço. “Foi algo que Deus colocou no meu coração, sabe? Eu sinto que foi uma promessa sendo realizada,” diz Cristiane, emocionada. “Ver tudo isso acontecendo foi uma realização que nem consigo descrever.”

Agora com as ‘capicomidinhas’ as feiras em Curitiba se tornaram um verdadeiro atrativo turístico. Quando vier a Curitiba, turista (ou curitibano mesmo), pode visitar os museus, os parques e, claro, as feiras com os famosos salgados de capivara.