
Neste domingo (19/3) é comemorado o Dia do Artesão, uma data dedicada a todos aqueles que usam habilidade e criatividade para produzir peças únicas e exclusivas.
“O trabalho do artesão é um testemunho da criatividade humana e da capacidade de transformar materiais em objetos de beleza e significado”, comenta Tangrian Tânia C. dos Santos, coordenadora das Feiras de Artesanato de Curitiba.
Liceu de Ofícios Criativos comemora semana do artesão com agenda especial
Curitiba possui uma das maiores feiras de artesanato do Brasil, a Feira do Largo, que acontece aos domingos no setor histórico e conta com 1.000 expositores.
Dar uma volta na feirinha, como o lugar é carinhosamente chamado pelos moradores da cidade, faz parte da tradição de muitas famílias e tornou-se parada obrigatória para os turistas que visitam a cidade.
Todo dia é dia de artesanato em Curitiba. Além da feirinha do Largo da Ordem, a Prefeitura coordena 18 feiras que acontecem nos bairros, descentralizando a oferta e proporcionando renda para mais de 400 artesãos cadastrados.
O setor criativo também é incentivado a produzir peças que levem a identidade cultural da cidade e outros 80 artesãos comercializam seus produtos nas lojas #CuritibaSuaLinda.
O Liceu de Ofícios Criativos também faz parte dessa cadeia produtiva, é dedicado aos artesãos da cidade e semanalmente oferece cursos de aprimoramento, empreendedorismo, bate-papos e mentorias.
Artesanato em família
Cansados dos trabalhos formais e da falta de tempo para se dedicarem aos quatro filhos, Elisângela Castilho e o marido, Fabiano Neras, resolveram criar um ofício que pudesse ser feito dentro de casa e trouxesse mais liberdade.
Formada em Química, Elisângela começou a produzir aromatizantes, velas e sabonetes (@lilyefabs). Fabiano também resolveu apostar no negócio, saiu do emprego formal e juntos passaram a vender os produtos nas feiras de bairro do Água Verde e Bacacheri. Há dez anos eles conseguiram uma vaga na Feira do Largo da Ordem, uma conquista celebrada e mantida com carinho.
“Nós começamos vendendo o que as pessoas de baixo poder aquisitivo viam nas grandes lojas e não conseguiam comprar. Nossos produtos são de qualidade, com preços acessíveis e com isso conquistamos clientes fiéis”, declara Elisângela.
Os produtos são vendidos por preços que variam de R$ 10 a R$ 125. O negócio familiar vem crescendo e já envolve os filhos na produção. Yasmin Castilho, filha mais velha, participa da rotina de vendas e produção.
A visão empreendedora do casal levou à abertura da primeira loja em abril, no Mercado Municipal do Capão Raso. A segunda loja será inaugurada na Rua 24 Horas. “A nova loja vai atender os clientes que moram na região central e vamos revender também produtos de outros dez colegas artesãos”, celebra Fabiano.
Mais de 20 anos dedicados ao artesanato
Edna de Oliveira Maia, de 69 anos, começou a fazer artesanato em 2000. No mesmo ano começou a participar de feiras de artesanato.
Para ela, o trabalho manual sempre foi uma atividade estimulante. “Agora que eu passo mais tempo em casa, sair para as feiras é um dos prazeres que tenho hoje”, explica Edna.
Edna produz e vende acessórios de cozinha, como panos de prato, toalhas de mesa, capas para butijão de gás. O carro-chefe da artesã são as toalhas personalizadas com nomes e as pantufas feitas de lã, sucesso durante o inverno. A renda complementa a aposentadoria do marido e permite que vivam com mais conforto.
Há dois anos, Edna expõe na feira de artesanato do Portão, todas as quintas-feiras, em frente ao terminal de ônibus do bairro. Aos domingos, ela participa também da tradicional Feira do Largo da Ordem. Ao longo do ano, é uma das artesãs da feira especial da Praça Osório, realizadas na primavera, inverno, Natal e Páscoa.
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