Nas eleições de 2006, o então candidato ao governo do Estado, Rubens
Bueno, mesmo com poucas chances de vitória arrumou um aliado de
primeira hora. A disputa pelo governo foi polarizada entre Requião e
Osmar, mesmo assim, o então candidato a deputado estadual, Fabio
Camargo esteve presente o tempo todo ao lado de Bueno, inclusive
promovendo eventos para a participação do candidato ao governo pela
coligação.
Companheiros 2
No comitê feminino, aberto por mim, o trabalho priorizou a candidatura
da filha de Rubens Bueno à Câmara Federal. O companheirismo foi total,
minha família trabalhou em conjunto com a família de Bueno. Em
determinado ponto da campanha, defendi seu filho de ataques do
governador que o acusava de estar trabalhando para algumas prefeituras.
Sou da opinião que não se deve fazer política atacando à família.
Companheiros 3
Nos últimos dias, Bueno esqueceu o companheirismo e deu declarações à
imprensa, dizendo que vai tentar ganhar na Justiça a vaga daqueles que
obtiveram o mandato nas urnas, como se fosse um ditador. Quer que os
mandatos daqueles que trocaram de partido sejam dados aos suplentes.
Nas eleições, eu era filiado ao PFL, que não abriu espaço para a
candidatura a Prefeito de Curitiba e por isso mudei para o PTB. Bueno
esqueceu o meu trabalho durante a campanha e também de outros, como
Ratinho Júnior, que inclusive o ajudou a chegar ao terceiro lugar na
disputa pelo governo.
Pesquisas
Apesar dos avisos que recebi, continuo respeitando Rubens Bueno como
político, fui fiel e não me arrependo. Suas declarações à imprensa, que
poderiam ser classificadas de canalhice, prefiro atribuir ao impulso de
quem ficou nervoso com meus 5% na primeira pesquisa para Prefeito de
Curitiba.
Medalha de bronze
Talvez por essas e por outras que Rubens Bueno tenha se tornado o
eterno candidato medalha de bronze da cidade. Terceiro lugar em 2002,
terceiro em 2004, terceiro em 2006 e se continuar assim, a tendência é
cair mais.
Nota 0
Para o presidente do PPS, Rubens Bueno, que prefere ignorar a
Constituição, que em nenhum momento fala da perda de mandato para quem
trocou de partido e porta-se como ditador, pela falta de companheirismo
e por tentar contrariar a vontade do eleitor, manifestada nas urnas.
Observação:
Este colunista é a favor da fidelidade partidária, mas a reforma
política deve ser resolvida no Congresso, com partidos fortes e regras
claras.