PPS estranha ataque pessoal a Rubens Bueno
“O secretário estadual do PPS, Rubico Camargo, estranhou o ataque
maldoso do deputado estadual Fábio Camargo ao presidente da sigla no
Paraná, Rubens Bueno. Camargo, que deixou o PFL há pouco tempo, acusa
Rubens de tentar tirar seu mandato, e esquece que a decisão é
partidária e vale para todos os níveis. O mesmo está sendo feito com
todos deputados federais, estaduais e vereadores que deixaram o PPS.
Rubico lembra que a coligação entre PPS e PFL nas eleições para o
governo do Estado foi também uma decisão do partido e fazia um acordo
apenas para aquele momento. Rubens Bueno se manteve fiel e trabalhou em
conjunto com o PFL, quando o mesmo não se deu com grande parte do
partido agora denominado DEM.
Fábio Camargo filiou-se ao PTB para ser candidato a prefeito em
Curitiba, como ele mesmo diz. E esquece que seu atual partido está
tomando as mesmas providências para recuperar alguns mandatos, uma vez
que o TSE foi claro em sua posição, ao afirmar, por duas vezes, que o
mandato pertence ao partido e não ao eventual eleito.
A insinuação de Fábio Camargo de ingratidão do presidente do PPS é uma
posição que distorce a política; e é justamente por isso que o PPS
defende que o partido é o verdadeiro dono do mandato. Para o PPS,
política vai além dos anseios pessoais.
Ao personalizar sua crítica em Rubens Bueno, que estaria retaliando
Fabio comete novo engano. Dá-se exatamente o contrário. “Nós do PPS
ficamos felizes com a candidatura de Fábio Camargo, e tenho certeza que
Rubens também acha que ela vai enriquecer o debate”, afirma Rubico.
Críticas
Minhas críticas foram feitas ao presidente do PPS, Rubens Bueno, em
função de entrevistas que ele mesmo deu à imprensa paranaense. Mantive
contato com Rubico Camargo e reafirmei meu respeito pelo PPS e por
Bueno, no entanto, não posso concordar com a tentativa de retirar o
mandato daqueles que foram legitimamente eleitos pelo voto popular.
Os eleitores manifestaram-se nas urnas, isso é Democracia. Tentar mudar
o resultado das eleições é autoritarismo e por essa razão estranhei o
posicionamento de Rubens Bueno, uma vez que sua trajetória política não
combina com autoritarismo.
Reafirmo que é preciso respeitar a Constituição e as regras eleitorais.
Os votos são dados aos candidatos e todos sabem disso. Apelar para um
expediente para mudar resultados eleitorais é ir contra a vontade
popular.