Decidida a eleição para o governo, a Assembléia Legislativa já vive o clima de disputa interna. Os 54 deputados estaduais – entre eles 21 novos eleitos – tomam posse no dia 1º de janeiro, e no dia 15 de fevereiro se reúnem para eleger o próximo presidente da Casa, e os demais integrantes da Mesa Executiva. Como responsável pela definição da pauta de votação, o ocupante do cargo tem um papel decisivo no andamento dos trabalhos.

Como o PMDB saiu das urnas com a maior bancada – 17 parlamentares eleitos – o partido já deixa claro que pretende disputar o posto. Na eleição de 2002, Requião preferiu apoiar a recondução do tucano Hermas Brandão (PSDB), em retribuição ao apoio que recebeu dele no segundo turno. Desta vez Hermas, que viu sua candidatura a vice-governador na chapa de Requião barrada na Justiça, não volta mais à Assembléia a partir do ano que vem, e está sendo cotado para um cargo no primeiro escalão, possivelmente a Casa Civil.

No PMDB, entre os cotados estão o ex-chefe da Casa Civil, Caito Quintana, e o atual primeiro-secretário da Assembléia, Nereu Moura. Também estão na lista o deputado Alexandre Curi, mais votado na eleição deste ano, e Antonio Anibelli.
O líder do governo, deputado Dobrandino da Silva (PMDB) confirma que o partido vai brigar pela presidência, mas procura frear a disputa interna na bancada do partido. “Não tenho nenhuma dúvida de que o PMDB vai lutar para eleger o presidente. Mas ainda não temos candidato”, avisa. Sobre os nomes que estão sendo colocados, ele é taxativo. “Não é a vontade de um. Tem que ser a vontade de todos”, afirma. “Vamos ver quem reúne o maior número de apoios”. (IS)