O coordenador geral da campanha de Osmar Dias (PDT), o ex-ministro Euclides Scalco reagiu as críticas do governador reeleito Roberto Requião (PMDB), que o acusou de deslealdade durante a corrida eleitoral pelo governo do Paraná. Em declarações à imprensa o peemedebista afirmou que “bateram muito em mim, foram extremamente desleais. Eu respeitava o Euclides Scalco, mas ele estava lá comandando a difamação”.

Segundo Scalco, a postura agressiva de Requião contra os adversários não é digna de alguém que foi reeleito para governar o Paraná por mais quatro anos. “O pleito resultou na vitória do governador Requião pela escassa margem de 10 mil votos. Na democracia, o vencedor, para fazer juz à dignidade do cargo conquistado, deve ter humildade e grandeza de espírito político. Requião fez críticas ao processo eleitoral, levantando suspeitas sobra a apuração nas urnas eletrônicas. Imagine-se o que ocorreria se não tivesse sido reeleito”.

O tucano contestou ainda a afirmação de Requião de que ele teria “traído” o governador. “Como poderia tê-lo traído se desde 1988, quando fundamos o PSDB, nunca mais tivemos relação de companheirismo”, questionou. “O Paraná sabe que em 1990 fui companheiro de chapa do sempre lembrado e respeitado José Richa. O Paraná sabe como se desenvolveu auela eleição e como foi ganha pelo atual governador”, disse, referindo-se à eleição de 1990 para o governo, quando ele ocupou a vaga de candidato a vice na chapa de José Richa. Requião acabou vencendo depois de tirar Richa do segundo turno, e derrotar José Carlos Martinez graças a famosa fraude do Ferreirinha, quando inventou um falso pistoleiro para atingir o adversário. “Tenho uma longa vida pública – 46 anos de partidipação. Nunca em minha atuação a traição fez parte do meu caráter”, afirma Scalco. 

O coordenador da campanha de Osmar Dias garante que não vai tolerar novos atos de desrespeito do governador. “O governador reeleito disse que me respeitava. Vai continuar a me respeitar, pois não lhe dou o direito de ter outro comportamento. Respeito, todo cidadão deve ter com seus semelhantes e, em se tratando do governador de um Estado, esta obrigação se transforma em dever”. (AB)