O Ministério da Saúde está estudando a proposta de ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses, da senadora Patrícia Saboya (PTB-CE). No entanto, de acordo com a coordenadora da área técnica da Saúde da Mulher do ministério, Maria José Araújo, o governo já apóia a mudança.

“As mulheres devem ter esse tempo a mais para ficar com o filho pequeno e amamentar. O aleitamento é muito importante para o desenvolvimento físico e emocional da criança”, ressaltou.

Segundo a coordenadora, qualquer dia a mais que a mãe passe com o filho é fundamental. A introdução de mamadeiras e outros tipos de alimentação em substituição ao leite materno, acrescentou, pode prejudicar a saúde do bebê.

Esses dois meses a mais, destacou, ajudam também a criar um laço afetivo necessário. Maria José Araújo lembrou que a antecipação do “abandono” da mãe em relação criança pode até mesmo prejudicar a saúde da mulher: “Aquela que pode passar mais tempo com o filho estará menos angustiada e terá menos problemas e conflitos com a sociedade”.

O Ministério da Saúde recomenda amamentação exclusiva até os seis meses de idade. O leite materno, segundo a coordenadora, contém todos os nutrientes necessários para que a criança cresça saudável: água, proteínas e vitaminas.

Está em tramitação no Senado o projeto de lei (281/2005) que permite a ampliação da licença-maternidade, de quatro para seis meses. O relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), e a autora, senadora Patrícia Saboya (PSB-CE), negociam a aprovação da medida no Congresso ainda neste primeiro semestre.