Aliança Nacional LGBTI+ lança força-tarefa e plataforma para as eleições de 2018

Redação Bem Paraná

Mídia Ninja / Divulgação - Toni Reis

Ativistas de ONGs e representantes de setoriais LGBTI+ de 14 siglas partidárias participaram do IIISeminário de Advocacy, Saúde e Cidadania LGBTI+, em Brasília, entre os dias 20 e 22 de agosto de 2018, onde decidiram lançar uma força-tarefa nacional para monitorar e enfrentar a LGBTIfobia nas eleições de 2018.

Participaram especialistas de HIV/Aids, advogadas/os, acadêmicos e representantes dos coletivos LGBTI+ dos seguintes partidos: PSB; PV; PT; PCdoB; Avante; PSDB; PTB; MDB; DEM; Rede; PDT; PPS; Solidariedade; e PSOL.

A ação compreende três frentes de luta. A primeira, será a realização de um intenso monitoramento das redes sociais e veículos de comunicação para identificar a produção e circulação de fake news LGBTIfóbicas.

A segunda é a Plataforma LGBTI+ Eleições 2018, que reúne as candidaturas LGBTI+ e aliadas que assumem compromisso com a Plataforma Mínima proposta pela Aliança Nacional LGBTI+. A força-tarefa se concentrará em levantar novas candidaturas LGBTI+ e aliadas e em divulgar a Plataforma para que mais pessoas comprometidas com as pautas sejam eleitas.

Por fim, a terceira e última frente de ação da força-tarefa é a criação de um Selo Compromisso com a Diversidade, que será liberado para uso nos materiais e nas mídias de campanha por estas candidaturas e por organizações/pessoas parceiras da luta.

Com estas ações, a Aliança Nacional LGBTI+ pretende tornar estas eleições as mais atentas às discussões dos movimentos LGBTI+ brasileiros, tornando o tema realmente relevante na hora de decisão do voto. Conforme afirma Toni Reis, Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+, “É fundamental não termos medo da política, não criminalizá-la, não demonizá-la, e sim fazer o diálogo transparente, ético e aberto entre quem é aliado/a da causa LGBTI+. Temos quer ter lado, e nosso lado é o da democracia e não da barbárie. O pluripartidarismo para nós é um princípio inegociável. Temos pessoas aliadas na maioria dos partidos. Vamos debater!”.

Além disso, a Aliança Nacional LGBTI+ e as/os ativistas participantes desta força-tarefa lançaram um Manifesto LGBTI+ Eleições 2018, assinado já por partidos, instituições e outras organizações da sociedade civil. Segundo o Manifesto, dizem que estão “comprometidos/as em monitorar e incidir direta e cotidianamente no processo eleitoral de maneira a denunciar discursos discriminatórios diretamente à Justiça Eleitoral e, se for o caso, a outras instâncias do próprio Poder Judiciário, bem como ao Ministério Público.” Complementando que “Nosso compromisso é trabalhar para que – independentemente dos partidos e candidaturas que serão vitoriosas – o novo país que saia das eleições de 2018 seja mais democrático, mais inclusivo, mais igualitário, com reconhecimento dos direitos e promoção de políticas públicas para população LGBTI+ e com pleno respeito à diversidade sexual e de gênero.”

Até 25 de agosto um total de 183 candidatos aderiram à Plataforma, sendo dois candidatos à presidência – Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL); nove candidaturas ao Senado; 68 candidaturas à Câmara dos Deputados; 100 candidaturas às Assembleias Legislativas e quatro aos Governos Estaduais.

O Manifesto está disponível para adesão de candidatos/as por e-mail: aliancalgbti@gmail.com. Já a Plataforma LGBTI+ Eleições 2018 será atualizada a cada 3 dias com as novas candidaturas e pode ser consultada pelo site: www.aliancalgbti.org.br/eleicoes2018