(Vinicius Grosbelli)

Neste domingo (20) a cantora francesa Anne Carrere, considerada a maior intérprete de Edith Piaf na atualidade, apresenta o show “Non, je ne regrette rien”, às 20 horas, no Teatro Positivo – Grande Auditório (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Universidade Positivo). Carrere será acompanhada por quatro maestros, em um espetáculo que percorre a história de vida de Piaf desde os anos 30 quando, sem dinheiro, cantava nas ruas e nos bares de Paris para sobreviver, tempo da “La Mome” (La Vie En Rose), até 1961, quando se apresentou no palco do Olympia, um dos mais memoráveis concertos da vida de Piaf. A super produção é realizada por Manoel Poladian, com roteiro e direção musical de Guy Giuliano. Os ingressos já estão à venda a partir de R$140 pelo site do Disk-Ingressos www.diskingressos.com.br.
Em entrevista por telefone para o Bem Paraná, direto de Nice, onde mora, a cantora Anne Carrere contou sobre a sua carreira, sobre o espetáculo que vai apresentar em Curitiba, e de suas paixões e afinidades com Edith Piaf.

Anne: Piaf faz parte da minha iniciação musical” (Roger de Brito pour Créamania Communication)

“Eu nunca serei Piaf. Eu coloco todo meu coração quando canto suas músicas com minha alma”

Bem Paraná — As canções que Piaf imortalizou são uma referência para a música mundial até hoje. Como você explica esse frescor no repertório da obra de Piaf
Anne Carrere —
Edith Piaf é uma cantora popular que atravessa os séculos pois manteve sua graciosidade e sua autenticidade graças as escolhas de suas canções. Ela nos conta histórias da vida popular, da vida comum, do amor, da alegria, da dor, da tristeza, da morte. Ela fala sobre seus amigos, amores, amantes… Ela canta a Vida com “V” maiúsculo, o Amor com “A” maiúsculo. Ela permite que todos se reconheçam nas suas canções.

BP — Você já era cantora ou a Piaf que foi determinante para você decidir seguir em frente na carreira?
AC —
Piaf faz parte da minha iniciação musical. A primeira vez que eu ouvi Piaf eu tinha três anos com minha avó materna que adorava as suas músicas. Eu cantava para me divertir e decidi que seria cantora quando fiz minha primeira aula de canto, aos 12 anos. Ali eu descobri a minha paixão. E nos meus primeiros recitais sempre cantei as músicas de Piaf como “Hymne a L’amour”, “La Vie Em Rose”, “Padam”, “La Foule”, “Non, Je Ne Regrette Rien”… mais tarde, no elenco do “Paris, Le Spetacle”, me propuseram fazer o papel de Piaf. Esse convite foi decisivo para a minha carreira. A partir daí, me interessei por estudar a vida de Piaf e graças a ela descobri a canção realista francesa, que conta sobre a vida popular e as histórias comuns a todos nós.

BP — Quais os cuidados que você toma para imprimir a sua personalidade e fugir da imitação?
AC —
Eu nunca serei Piaf. Eu coloco todo meu coração quando canto suas músicas com minha alma, com o que eu sou e minhas emoções quando subo no palco. A minha experiência dos últimos anos no palco é que Piaf me conduz através de seus textos e suas melodias. E eu me mantenho fiel a isso. Sempre que estou em cena procuro ser eu mesma e dar o meu melhor. Já me disseram que existem os imitadores e os herdeiros de Piaf e que eu pertenço a essa segunda categoria.

BP — Já fazem oito anos entre seu primeiro espetáculo no Brasil e esse novo show. Houveram muitas mudanças nesse período?
AC —
Os músicos e os técnicos são os mesmos neste espetáculo e claro mantivemos as canções mais famosas do repertório. Mas também escolhemos músicas da última turnê que Piaf não teve tempo de divulgar porque não as cantou o suficiente. São canções fortes e poderosas. Nesse show, procurei apresentar Edith por uma visão da mulher por trás da artista. Aquela que viveu, sofreu e tanto amou. Assim, a outra parte do repertório foi direcionada a músicas com cores e atmosferas de diferentes facetas da personalidade de Piaf. No palco nós temos dois telões que passam imagens e vídeos de um material inédito, com novas imagens da vida de Edith e algumas surpresas. Tudo isso é enriquecido pelos arranjos do nosso acordeonista e diretor musical Guy Juliano. A vida de Piaf é pontuada por dramas, mas a direção artística escolhida mostra a força e o carisma dessa outra Piaf, que com suas canções se tornou uma grande artista.

BP — Após centenas de shows e apresentações, existe alguma afinidade pessoal ou profissional entre você e Edith Piaf?
AC —
Se eu tiver que achar um ponto comum que nós duas temos e nos une, é certamente a capacidade de sempre nos levantarmos diante das provações da vida. Nunca lamentar o passado, viver o presente e olhar sempre para o futuro.

Serviço
Piaf por Anne Carrere

Non Je Ne Regrette Rien– Espetáculo musical com a cantora francesa. Domingo, dia 20, às 20 horas, no Teatro Positivo – Grande Auditório (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Universidade Positivo).
Duração: 90 minutos, com intervalo.
Classificação indicativa: livre.
Valores dos ingressos:
R$190 (meia-entrada) e R$380 (inteira) – Setor Inferior Central
R$165 (meia-entrada) e R$330 (inteira) – Setor Inferior Direito e Esquerd
R$165 (meia-entrada) e R$330 (inteira) -Setor Superior Central
R$140 (meia-entrada) e R$280 (inteira) – Setor Superior Direito e Esquerd

  • Taxa de Conveniência.
    Compras pelo site do Disk Ingressos ( (www.diskingressos.com.br) ou de forma presencial no Quiosque do Disk Ingressos no Shopping Ventura – Setor Azul (antigo Shopping Total) – de segunda a sábado das 10 às 22h e domingos das 14 às 20 h; na bilheteria do Teatro Fernanda Montenegro (Shopping Novo Batel) – de segunda a sexta das 10 às 14h e das 15h10 às 18h. Sábados das 10 às 16h e das 17h10 às 20h; e na bilheteria do Teatro Positivo
    50% de desconto para todas as categorias beneficiadas por Lei, associados OAB e para Clube DISK INGRESSOS sobre o preço de inteira. Descontos não cumulativos.
    Aceitam-se cartões de débito, crédito e pagamento em até 3 parcelas sem acréscimo e PIX. Não serão aceitos cheques.