
A banda curitibana MULAMBA, que pulsa força e poesia unindo influências que vão do rock à música erudita, formada por Amanda Pacífico (vocal), Cacau de Sá (vocal), Caro Pisco (bateria), Érica Silva (guitarra), Fer Koppe (violoncelo) e Naíra Debértolis (baixo) anuncia no dia 3 de maio o fim de suas atividades.
“Uma história é construída junto, nós construímos uma história e formamos uma família há mais de sete anos.
O começo foi como tem que ser todo começo, despretensioso e único. Cada pessoa e sua singularidade, formando a potência chamada MULAMBA.
A banda nasceu de uma simples ideia de fazer um som em homenagem à Cassia Eller e outras artistas, que entre um som e outro tocava uma autoral e assim foi.
Chegamos aqui, 2023, dois discos, muita estrada, asfalto, mato, show em boteco, teatro, festival, na rua, na praça, risada, muito perrengue, coisa séria, brincadeira, som bom, muito bom, na verdade. Junção de coração bonito e mais som.
Foram mais de sete anos de muita coisa, e chegou a hora de pisar no freio, voltar pra casa ou sair dela, hora de descansar o coração ou acelerar mais ainda.
A gente simplesmente não tem palavras pra agradecer a esse mundo de gente que acreditou na MULAMBA.
Todo afeto que recebemos, guardamos no coração!
Agradecemos o crescimento que tivemos em cada show, agradecemos a quem nos fez teatro, poesia e até questão de prova de escola e faculdade.
Isso que é importante, saber que somamos de alguma forma!
Assim como somaram conosco para que a banda acontecesse: produção, diretoras, atrizes, vídeo, áudio, fotografia, limpeza, montagem, som, palco, nossa… é tanta coisa que não dá pra enumerar aqui!
Acima de tudo, agradecemos ao público, aos fãs, nossas famílias, amigues, sem vocês isso nunca teria acontecido, nunca teria sido possível e isso é inestimável, ecoar em coro em suas vozes sempre é emocionante.
E como o mundo é grande e as estradas são muitas, com a sensação de dever cumprido e mensagem transmitida, chegou a hora de quem caminha nessa trilha continuar seu rumo, só não mais como banda.
Nos encontraremos no trajeto da vida, e que essa força, chamada MULAMBA, perdure, e que nossa música continue ressoando nos quatro cantos.
Que seja um novo despertar.
Fica nosso abraço, nosso som, nosso carinho e nosso amor a quem nos acompanhou até aqui.
Valeu, gente!”
Conhecidas pelo discurso contundente em reiterar os anseios e as inquietações de quem transforma a luta pela igualdade de gênero em batalha diária, a banda faz três shows gratuitos de despedida em São Paulo:
4 de junho – Centro Cultural Tendal da Lapa, às 16h
8 de junho – Centro Cultural Diversidade Sul Pinheiros, às 20h
18 de junho – WME Conference na Casa Natura Musical
SOBRE MULAMBA
Juntas desde 2015, as artistas da MULAMBA são contundentes em reiterar os anseios e as inquietações de quem transforma a luta pela igualdade de gênero em batalha diária. Da bateria aos vocais de peso, da MPB ao rock, MULAMBA é composta por mulheres. Vozes dissonantes que saem das entranhas e têm muito a dizer. Vozes que representam um grito, um suspiro de encantamento, um furacão. As integrantes reforçam o protagonismo feminino na música nacional.
Nome emergente da nova MPB, a Mulamba habita diferentes territórios em sua criação. Desde críticas ácidas até letras poéticas, a banda reúne a sensibilidade e a potência de suas integrantes: Amanda Pacífico, Cacau de Sá, Caro Pisco, Érica Silva, Fer Koppe e Naíra Debértolis. Com performances impactantes, as artistas ocuparam festivais independentes e importantes casas de shows pelo Brasil após o lançamento de seu disco de estreia, Mulamba (2018). Atualmente baseada em São Paulo (SP), a banda amplia seus caminhos com o lançamento de Será Só Aos Ares (2022), um trabalho refinado que mostra estéticas musicais diversas e simboliza a imensidão artística da Mulamba.