Considerado o maior festival de música pop do país, o Z Festival promete agitar o público curitibano nesta terça (16), na Pedreira Paulo Leminski. Com um line-up que apresenta atrações adoradas pelo público jovem, como Vitor Kley, Zeeba, AnaVitória e o principal destaque, a cantora internacional Camila Cabello, o espetáculo está sendo aguardado com muita ansiedade desde que os primeiros nomes foram confirmados.

Aproveitando a deixa, o Barulho Curitiba bateu um papo com Vitor Kley e Zeeba, duas grandes promessas do pop nacional, e que prometem agitar a galera. Confira as entrevistas abaixo!

 

VITOR KLEY

O cantor e compositor gaúcho despontou para o estrelato com o megahit "O Sol", mas já vem construindo seu espaço no cenário independente desde 2009. Tendo como padrinhos o cantor Armandinho e o produtor Rick Bonadio, o rapaz surge no Z Festival como um nome forte, e promete se destacar ainda mais no decorrer dos próximos meses, devido ao lançamento do single "Morena".

Barulho Curitiba  "O Sol" conta com mais de 65 milhões de visualizações no youtube, e em julho, foi a música pop mais tocada nas rádios, segundo a Billboard Brasil. A que você atribui o grande sucesso da canção?

Vitor – "O Sol" é uma música universal, acho que posso chamá-la assim. Ela dialoga com o público de várias idades. Atribuo o sucesso dela por ter uma mensagem positiva, e uma produção musical ótima, que conseguiu mexer com o público que curte tanto sertanejo quanto eletrônico, por exemplo.

Barulho Curitiba – Você fez um disco em parceria com o Armandinho, em 2012, e chegou a tocar com ele por um tempo. Existe algum outro artista com o qual você desejaria estabelecer uma parceria (ou você já tem alguma em vista)?

Vitor – O Armandinho é meu padrinho, e uma pessoa muito especial na minha vida, me acrescentou muita coisa boa, pessoal e profissionalmente. Agora, em relação às parcerias, eu sou eclético nesse ponto, tenho vontade de fazer parceria com a Anitta, o Jota Quest, Skank…E, se um dia for possível, com o Ed Sheeran. Admiro muito o trabalho dele.

Barulho Curitiba – Você foi produzido pelo Rick Bonadio, que já trabalhou com vários artistas que fizeram muito sucesso. Como foi a dinâmica do trabalho entre vocês?

Vitor – Eu fiz parte de uma coletânea de novos artistas da Midas Music (gravadora de Bonadio), em 2014. A partir disso, nos conhecemos e a admiração foi mútua. Aprendi e aprendo muito com ele desde então. Através desse processo, lancei meu primeiro EP, que contou com sete músicas, entre elas, a primeira música do meu repertório que ficou, de certa forma, conhecida: "Dois Amores".

Barulho Curitiba – Você é um dos destaques do Z Festival, e será a sua terceira vez em Curitiba. A cidade é conhecida por possuir um público exigente, em relação à qualidade dos shows. Como foi a receptividade do público paranaense com você?

Vitor – Todas as vezes em que eu toquei em Curitiba, sempre recebi boas vibrações do público. Sempre foram experiências positivas e tranquilas. Não tenho do que reclamar (risos).

Barulho Curitiba – Pode-se dizer que você faz parte de um novo movimento musical no Brasil (ao lado de artistas como o trio Melim, Gabriel Elias e o grupo Atitude 67), no sentido de passar ao público mensagens positivas. Como você encara essa definição, em meio ao período turbulento pelo qual passa o país?

Vitor – Eu curto essa ideia de fazer parte desse movimento, de ter sido incluso nessa diversidade musical. Como não tenho barreira, e escuto de tudo, acho que estamos criando uma boa oportunidade, um apoio legal para o público esquecer um pouco dos problemas pelos quais o país está passando.

Barulho Curitiba – Tem alguma surpresa que você está preparando para o público, no show desta terça (16)?

Vitor – Estou com o show novo desde o início do ano, mas realizei algumas mudanças para o Z Festival sim. Posso adiantar que devem aparecer algumas músicas novas (risos).

 

ZEEBA

Uma das vozes brasileiras mais ouvidas no mundo, Marcos Lobo Zeballos, ou simplesmente, Zeeba, começou a chamar atenção a partir de sua parceria com o DJ Alok, com quem lançou os hits "Never Let Me Go" e "Hear Me Now". Americano de nascença, ele se destaca no cenário do pop e do eletrônico, devido às suas influências de rock, principalmente do gênero indie, e a familiaridade com a língua americana.

Barulho Curitiba – Seu trabalho, tanto com o Alok quanto solo, resgatou algo que andava em desuso no gênero eletrônico: músicas com maior conteúdo, por assim dizer. Era algo que você almejava, trabalhar não apenas o som, mas também as composições?

Zeeba – Eu sempre toquei mais indie e folk, e acabei entrando no gênero eletrônico, já escrevendo músicas com letra. A princípio, eu iria trabalhar outro tipo de som, mas quando a primeira música (Hear Me Now) foi apresentada ao Alok pelo Bruno Martini, acabei mudando de ares (risos). Eu acredito que um dos motivos de "Hear Me Now" ter feito sucesso foi por causa da letra. Isso deixou o som mais acessível, e o público foi conquistado, principalmente, por se tratar de uma música com coração, com conteúdo.

Barulho Curitiba – Existe algum plano para lançar um EP ou CD com as suas canções?

Zeeba – Meu último single foi lançado no final de setembro, e conta com uma pegada um pouco mais orgânica. E logo, devo lançar um novo single, num tempo diferente, mais afastado da nova canção (Young Again). Ainda não tenho uma previsão de lançamento de CD, vai depender de todo o processo, até porque ando tendo uma resposta satisfatória e imediata com os singles.

Barulho Curitiba – A sua parceria com Alok rendeu bons frutos e, ultimamente, as parcerias entre artistas de diferentes gêneros, vem fazendo sucesso. Você já possui algo em vista, ou deseja trabalhar com algum artista em específico?

Zeeba – Gravei um dueto com a Mallu Magalhães, um dueto em inglês e português que deve ser lançado em breve. Mas gostaria de fazer uma parceria com a AnaVitória, gosto do som que elas fazem.

Barulho Curitiba – Você é uma das vozes mais ouvidas no mundo. Cantar em inglês foi uma estratégia sua para conquistar esse nicho de mercado fora do país, ou você se sente mais à vontade cantando em inglês?

Zeeba – Me sinto mais à vontade. Sempre tive interesse em letras em inglês, principalmente por eu ter nascido nos Estados Unidos, então meu contato sempre foi forte. E cresci ouvindo britpop e indie rock, isso foi essencial para eu compor em inglês. E como minhas composições nessa língua foram muito bem recebidas, decidi continuar a apostar nesse caminho.

Barulho Curitiba – Como artista, quais são as suas grandes influências?

Zeeba – Sempre fui muito fã de Coldplay, The Kooks, Strokes, Oasis e Blink-182. Por incrível que pareça, nunca fui muito fã de música eletrônica, mas escutava sons do David Guetta e do Avicii, tive um amigo muito próximo que trabalhou com ele. Mas minhas influências mais fortes são do britpop e do indie rock mesmo.

Barulho Curitiba – Sobre o Z Festival, você está preparando alguma surpresa para o público curitibano?

Zeeba – Vou apresentar meu show novo (o Live In The Moment Tour), com um som mais orgânico, mas sem deixar o eletrônico de lado. Vou usar apenas voz e violão em algumas canções também, e a iluminação foi construída de maneira a atender essa duplicidade no palco. Espero que o público goste da proposta.