Uma pesquisa realizada por pesquisadores das universidades de Utah, Indianapolis, Cornell e a do Estado da Geórgia concluiu que casais que dividem as tarefas são os que fazem mais sexo.
O estudo entrevistou 605 casais heterossexuais com até 45 anos de idade com, pelo menos, um filho. O levantamento descobriu que o grupo que divide as tarefas transa em média 6,78 vezes por mês, enquanto o grupo no qual as tarefas ficam por conta da mulher faz sexo em 6,23 ao mês.
Os pesquisadores acreditam que os resultados podem ser explicados pela mudança nas relações familiares: “Hoje, a maioria dos jovens adultos preferem uniões igualitárias, em que ambos parceiros dividem responsabilidades domésticas e financeiras”.

Em outra pesquisa, dessa vez realizada pela Universidade de Washington e publicada feira pela revista “American Sociological Review, aponta que determinadas atividades esquentam a relação.
Este novo estudo mostra que num casal, quando homem e mulher desempenham tarefas tradicionais de acordo com seu gênero — mulheres cozinham, limpam e fazem compras enquanto os homens cuidam do jardim, pagam as contas e cuidam da manutenção da casa — a frequência sexual é maior. O estudo não inclui cuidados com filhos.

— Os resultados mostram que o gênero ainda organiza o dia a dia de um casamento — acredita a professora de sociologia Julie Brines, uma das autoras do estudo. — Aparentemente o gênero identifica maridos e esposas se expressando através das tarefas, mas também ajudam a estruturar o comportamento sexual.

A descoberta saiu de uma pesquisa nacional com cerca de 4.500 casais heterossexuais americanos que participaram da Pesquisa Nacional de Famílias e Lares. Os dados foram coletados entre 1992 e 1994, a pesquisa em larga escala mais recente sobre a frequência sexual em casais casados.

Os maridos, com idade média de 46 anos e as esposas, com 44 anos, em média, gastam 34 horas por semana em afazeres domésticos tradicionalmente femininos e 17 horas por semana em tarefas tidas como masculinas. Eles costumam fazer cerca de 20% do trabalho das mulheres e um pouco mais da metade do trabalho deles — ou seja: elas as ajudam com muito mais frequência.

Homens e mulheres relataram ter feito sexo cinco vezes, em média, no mês anterior à pesquisa. Mas em casamentos em que a mulher fazia todas as tarefas tradicionalmente femininas, a frequência aumentava 1,6 vezes a mais por mês.

— Casamento hoje não é como há 30 ou 40 anos, mas algumas coisas permanecem importantes. Sexo e tarefas domésticas ainda são pontos chave no compartilhamento de uma vida, e ambos estão relacionados à satisfação marital e expressão da identidade de cada gênero — diz a pesquisadora.