
A apresentadora e atriz Carolina Ferraz, de 57 anos, compartilhou sua experiência negativa com o chamado “chip da beleza”, implante hormonal que promete benefícios como melhora da aparência física, aumento da disposição e controle de sintomas da menopausa.
Durante participação no podcast MenoTalks, Carolina revelou que buscou o tratamento para lidar com questões hormonais ligadas à menopausa, mas teve efeitos colaterais indesejados. O principal deles foi um aumento repentino da libido, causado, segundo ela, pela adição de testosterona no organismo.
“Passei a sentir atração por homens em situações comuns, como ao pegar um carro por aplicativo. Você tem que ficar com o negócio seis meses… fiquei meio traumatizada”, relatou Carolina.
A jornalista explicou que o implante foi mantido no corpo durante o período recomendado, mas os efeitos foram desconfortáveis e inesperados.
Especialistas alertam para riscos
No mesmo episódio do podcast, a apresentadora Silvia Ruiz criticou o uso indiscriminado de implantes hormonais em mulheres, especialmente os compostos por gestrinona e testosterona, como foi o caso de Carolina. Ela destacou que o tratamento foi mal indicado:
“Você não coloca um chip de gestrinona ou testosterona em uma mulher. O que está em falta durante a menopausa é o estrogênio, o hormônio feminino”, afirmou.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já sinalizou preocupação com o uso do “chip da beleza” e criou regras mais rígidas para a prescrição médica do método, devido aos riscos à saúde e à falta de estudos científicos conclusivos sobre sua segurança e eficácia.
O que é o “chip da beleza”?
O apelido popular se refere a implantes hormonais subcutâneos que liberam gradualmente substâncias como testosterona, gestrinona ou estrogênio. Apesar da promessa de benefícios estéticos e metabólicos, especialistas apontam que o uso indiscriminado pode provocar efeitos adversos como acne, alterações de humor, disfunções sexuais e até problemas cardiovasculares.