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Foto: Toviansky / GLOBO

Durante a exibição do programa Aberto ao Público, no último sábado (13), na TV Globo, uma situação inusitada chamou a atenção do público. Em tom descontraído, uma jovem da plateia perguntou ao ator Marcos Pasquim o que ela deveria fazer para que ele se tornasse seu Sugar Daddy. A resposta bem-humorada do ator — “Eu teria que saber o que você faz” — arrancou risos da plateia e dos apresentadores, gerando repercussão nas redes sociais.

Apesar de leve, o momento reacendeu uma discussão mais profunda: o que caracteriza, afinal, um relacionamento Sugar?

Baseado na ideia de benefícios recíprocos e transparência, esse tipo de relação se estabelece entre pessoas com objetivos e interesses claramente definidos. De um lado, o chamado Sugar Daddy — geralmente um homem maduro, bem-sucedido e disposto a compartilhar seu tempo, recursos e experiência de vida. Do outro, a Sugar Baby — normalmente uma mulher jovem, com ambições pessoais e profissionais, que busca não apenas apoio financeiro, mas também orientação e vivências diferenciadas.

Os benefícios oferecidos costumam incluir viagens, investimentos em estudo, presentes e experiências de alto padrão. No entanto, especialistas afirmam que o foco do relacionamento está no alinhamento de expectativas e na ausência de joguinhos, algo que difere bastante de relações convencionais.

Para o especialista Caio Bittencourt, do site MeuPatrocínio, “o relacionamento Sugar é formado por pessoas que priorizam relações leves e com diálogo aberto. As vantagens materiais são consequência, não o objetivo principal. A transparência desde o início é o que atrai tanta gente a esse estilo de vida”, explica.

Ainda que a associação com prostituição continue presente no imaginário coletivo, essa interpretação costuma surgir de uma compreensão superficial do tema. O episódio no programa da Globo reforça a importância de discutir os novos formatos de relacionamento e de superar estigmas baseados em rótulos ultrapassados.