“Doce Deleite é um texto para celebrar o ator. A peça tem humor de todos os tipos, desde o teatro do absurdo, passando pela ópera e teatro de revista. O espetáculo é um deleite para quem gosta de ver o ator representar”, diz o dramaturgo Alcione Araújo, autor dos textos de Doce Deleite. Marília Pêra dirige Camila Morgado e Reynaldo Gianecchini nesta clássica comédia musical que chega a Curitiba.
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Os atores fizeram preparação vocal e corporal durante meses para poder dançar balé, cantar óperas, modinhas e outros estilos em Doce Deleite, que desvenda o universo do teatro através de várias peças curtas. As histórias giram em torno de personagens do mundo teatral, como a bilheteira, o contra-regra, o espectador, entre outros elementos.
“O produtor teatral Eduardo Barata sonhava com a remontagem de Fala Baixo Senão Eu Grito, Brincando em Cima Daquilo e Doce Deleite, peças das quais participei como atriz. Eu adorei a idéia de dirigir Doce Deleite. Não quero copiar a montagem dos anos 80, mas tentar conservar a mesma delicadeza daquela época”, diz Marília Pêra. Todos os textos são de Alcione Araújo, destes, 03 fizeram parte da encenação da década de 80.
Camila e Gianecchini ficam em cena o tempo todo. “Criamos dois camarins para que os espectadores vejam as trocas de figurino e a transformação em novos personagens”, diz Marília. Gianecchini, além de atuar, estréia como co-produtor do espetáculo. “Eu abracei a idéia da peça com tanta força que pedi ao Barata para participar da produção, somos co-produtores de Doce Deleite. É, sem dúvida, o maior desafio da minha vida profissional, por isso me dedico por inteiro”, confessa Gianecchini.
O ator revela ainda que, apesar de toda a dificuldade e da responsabilidade de “fazer rir”, a direção de Marília Pêra facilita o trabalho. “É fantástico ser dirigido por ela. Por ser uma grande atriz e conhecer o projeto, Marília passa uma grande segurança”, completa.
Para Camila Morgado (atriz conhecida por viver papéis intensos como uma revolucionária no filme Olga e, ainda, Manuela, na minissérie A Casa das Sete Mulheres, da Rede Globo) o convite surgiu no momento certo. “Depois de realizar vários trabalhos dramáticos, queria muito fazer comédia. O que me provocou neste espetáculo foi o desafio de cantar. Nós não somos cantores, mas conseguimos atingir o objetivo proposto pela peça. Foi um grande prazer descobrir minha voz”, declara Camila Morgado.
O produtor Eduardo Barata conta que Nanini e Marília são grandes influências em sua vida profissional. “Assisti mais de 6 vezes ao Deleite, na década de 80. Esta peça reúne nomes consagrados, como Marília Pêra, Hélio Eichbauer, Kalma Murtinho e Maneco Quinderé, e dois jovens talentos do cenário teatral – Camila e Gianecchini; com isso pretendemos oferecer ao público entretenimento de qualidade, revelando com humor e sutileza os bastidores do teatro”, explica o produtor.