Foi Leandro Knopfholz, diretor do Festival de Curitiba, quem deu a idéia para o espetáculo DNA, Somos Todos Muito Iguais, que a companhia Circo Roda apresenta no Festival este ano, contou o diretor Hugo Possolo, na coletiva de imprensa desta manhã. Os dois conversavam sobre o sucesso de Oceano na mostra quando Leandro disse que tinha uma sugestão tema para um espetáculo da companhia: DNA. Possolo, que estava com dificuldades para liberação dos direitos autorais para o espetáculo que tinha em mente, foi instigado e não quis ouvir mais nada: começou a pesquisa que culminou com a peça que se utiliza do conflito entre a razão e a imaginação para criar as nuances que o diferenciam.

Em um paralelo com outros espetáculos da companhia, este tem um roteiro mais evidente. Fiz muita pesquisa científica e tive a preocupação de fazer entretenimento, mas também abordar um assunto sério, que é a importância das pesquisas das células tronco. Isso é colocado na personagem da Anja em sua busca por uma cura. Em todo o espetáculo uso muitas representações alegóricas e elementos hiperbólicos para criar esses momentos, explica Possolo.

Além da trupe de artistas que se reveza no palco, Possolo chama atenção para o pessoal que trabalha nos bastidores, pois foram criados aparelhos especialmente para este espetáculo. O diretor lembra também que DNA usa muitos recursos tecnológicos para se concretizar. Mas, sem jamais engolir a espontaneidade, garante, acrescentando que  o que é chamado de  novo circo está em formação. Este ainda virá, nós ainda somos uma entressafra, comenta. O Circo Roda nasceu da união das companhias Pia Fraus e Parlapatões, do qual Possolo é um dos fundadores. Este é o primeiro espetáculo do Circo em que Possolo é o único a assinar o roteiro.

O espetáculo aborda grandes questões da humanidade, como os mistérios de nossa origem e nossos destinos. Por meio de acrobacias, malabarismos, saltos e vôos, o espetáculo narra a aventura do personagem Inadequado, um homem desajustado e
perdido no tempo, cuja vida vira de ponta-cabeça quando tenta ajudar uma Anja que despencou do céu. Com auxílio de um cientista, o Homem Original (meio homem meio macaco) luta contra o tempo, o que faz o Inadequado inverter o curso de sua vida, ao invés de envelhecer, rejuvenesce a cada cena. O espetáculo une números circenses com tecnologia de ponta, como projeções com recurso de light
 rafitti, onde imagens de vídeo interagem ao vivo com o público.

De 1 a 9 de abril, às 21 horas, no Teatro Ópera de Arame.