Marlene Dietrich – As Pernas do Século é um projeto da atriz e bailarina Sylvia Bandeira, esclarece logo no início da conversa o diretor, William Pereira. Era um personagem que ela namorava e alimentou por anos a vontade de trazer para os palcos teatrais. Conseguiu, e em 2011, ele faz parte da Mostra 2011 do Festival de Teatro de Curitiba, que acontece de 29 de março a 10 de abril.
Quando se fala em Marlene Dietrich, em geral, se espera algo mais leve, mais comercial, no bom sentido, pondera Pereira. O texto de Aimar Labaki, no entanto, se distancia disso, adianta Pereira. Ele foge desse clichê de trabalhar a deusa do cinema, não olha para o glamour. A Marlene que nos chama a atenção é da mulher, a pessoa que se posiciona, toma posições claras em sua vida, observa ele. As ‘pernas do século’ não é só por suas belas pernas, mas também porque ela atravessou o século 20. Nasceu em 1901 e morreu em 1992, ou seja, acompanhou os principais acontecimentos do século passado, completa.
A opção por mostrar mais a pessoa que a figura pública é explicitada logo no início, pois a peça começa com a atriz velhinha encontrando um rapaz que nunca ouvira falar dela. Então, começa a contar sua história, que é permeada por fatos da história mundial. A vida de Marlene teve momentos decisivos, que o diretor faz questão de lembrar, argumentando em defesa de uma pessoa que foi ainda maior que a personagem que construiu.
Ela sempre se posicionou em prol de algo maior. Era alemã, se naturalizou americana e ficou contra os alemães. Ela vendia bônus de guerra, que ajudavam a bombardear Berlim, onde estava a mãe dela. A vida dela tem essa dimensão trágica, diz. Isso impressiona, especialmente porque estamos mais acostumados com as divas que não conseguem olhar além do próprio umbigo, completa.
Pereira assina também o cenário, posição rara de se ver combinada com a direção, mas que no caso de William funcionou perfeitamente. É que ele cursou arquitetura pela metade, mas o aprendizado e o jeito de pensar,ficou. Quando começo a pensar no espetáculo as questões espacial e geográfica são tão determinantes quanto o texto. Não me libertei desse olhar e nem quero, conta. Diz que nem chama seu cenário para Marlene de cenário. Prefiro ambientação. Porque como a ação acontece em vários lugares e tempos diferentes – a peça é cheia de lembranças – seria loucura ser realista e descritivo em cada narrativa que ela faz, comenta, acrescentando que a estrutura é mais de cabaré, nos quais ela cantou muito.
Sinopse
MUSICAL | RIO DE JANEIRO-RJ | Guairinha
Dias 3 e 4/04 às 21h | Ingressos: R$25 e R$50
Sinopse
MUSICAL | RIO DE JANEIRO-RJ | Guairinha
Dias 3 e 4/04 às 21h | Ingressos: R$25 e R$50
Às vésperas de completar 90 anos, Marlene conhece um jovem que não faz a menor ideia de quem ela seja. Ela acaba seduzindo o rapaz de uma forma bem diferente de quando brilhava absoluta no cinema e nos palcos. Ao narrar para o desavisado rapaz sua trajetória, a diva o envolve e o fascina por ter sido testemunha e personagem dos acontecimentos mais marcantes do século XX: desde o crescimento do nazismo na Alemanha, passando pelo glamour de Hollywood, sua experiência no front da II Guerra, até os anos 70 pelos palcos do mundo. Primeira montagem brasileira sobre Marlene Dietrich, a biografia musicada revisita a história de uma mulher que viveu uma vida de amor e liberdade – a vida de uma grande artista e símbolo sexual.
Direção e Cenografia: William Pereira | Texto: Aimar Labaki | Elenco: Sylvia Bandeira, Marciah Luna Cabral, José Mauro Brant e Silvio Ferrari | Direção Musical e Arranjos: Roberto Bahal | Figurino: Marcelo Marques | Iluminação: Paulo Cesar Medeiros | Preparação Vocal: Marciah Luna Cabral | Preparação Corporal: Marcia Rubin | Fotos: Antônio Guerreiro | Programação Visual: Cacau Gondomar | Músicos: Roberto Bahal (Piano), Vinícius Carvalho (Clarinete), Luciano Correa (Violoncelo) | Patrocínio: Light / Lei de ICMS; B. Braun e Neoenergia / Lei Rouanet | Direção de Produção: Ana Velloso, Vera Novello e Bia Gondomar | Produtores Associados: Minouskine Produções Artísticas e Lúdico Produções Artísticas | Classificação: 14 anos | Duração: 100 minutos
Serviço:
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Horários de funcionamento:
Segunda à sábado – 10h às 22h
Domingos e feriados – 14h às 20h
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R. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 – Ecoville
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