Estreia nesta quarta-feira no Teatro Lala Schneider uma nova versão do clássico grego Antígona, do renomado tragediógrafo Sófocles, sob direção de Jader Alves. A mitologia grega, sempre fascinou e intrigou o homem ao longo dos século, grandes teorias bélicas, legislativas e até psicanalíticas se forjaram a partir do estudo das grandes tragédias gregas. Mas talvez em nenhuma outra área a cultura grega tenha tido tanta significância quanto no teatro.
Antígona, um desses casos, é amplamente estudada nos dias de hoje não só por teóricos das artes cênicas, mas também em cursos de direito, pois o centro da trama contrapõe o direito positivo ao direito natural. A peça conta a história da heroína que ousou desafiar as leis impostas por Creonte, o novo rei de Tebas. Ela luta com todas as suas forças contra um decreto do novo rei, que impede a ela de prestar a seu irmão morto as honras de um enterro digno, fato importantíssimo na cultura grega. Nesta adaptação, foi incluída a figura das Moiras, as mitológicas deusas tecelãs do destino, que traçam o fio da vida dos mortais e decidem o momento de cortar esses fios. “A presença dessas figuras lendárias nos levou à utilização da corda, como elemento cênico principal, que simboliza a opressão que as amarras sociais e a intransigência dos poderosos pode impor ao homem comum”, explica o diretor Jader Alves. Sessões às quartas e quintas-feiras às 21horas, no Teatro Lala Schneider. R$ 15 e R$ 7. Informações: (41) 3232-4499