Esportes Mundial de Clubes

América do Sul x Europa: quem vence o duelo de números no Mundial?

Foram sete partidas entre europeus e sul-americanos na primeira fase do Mundial, com duas vitórias para cada lado e sete empates

Por Rodrigo Sampaio, do Estadão Conteúdo
Bruno Henrique em Flamengo x Chelsea

Bruno Henrique em Flamengo x Chelsea (Crédito: Divulgação/Gilvan de Souza/Flamengo)

O Mundial de Clubes reserva uma disputa particular entre europeus e sul-americanos. Enquanto os times do Velho Continente, em fim de temporada, reclamam do calor nos Estados Unidos e tratam a competição com certo desdém, do lado de cá do Oceano Atlântico as equipes põem em jogo a tradição de suas camisas e redefinem uma ideia de ampla hegemonia das grifes internacionais, cujo poder financeiro permite tirar craques de Brasil e Argentina cada vez mais cedo.

Quatro das seis equipes vinculadas à Conmebol avançaram às oitavas de final, todas elas do Brasil: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo. Os gigantes argentinos River Plate e Boca Juniors ficaram pelo caminho. Entre os 12 clubes da Uefa, oito já garantiram vaga. Real Madrid e Salzburg ainda disputam a classificação.

Confrontos diretos

Foram sete partidas entre europeus e sul-americanos na primeira fase do Mundial, com duas vitórias para cada lado e sete empates. Em números gerais, como era de se esperar, os times da Uefa ficaram mais com a bola e ficaram mais perto do gol do que os sul-americanos. O levantamento não leva em consideração os dados de Inter de Milão 2 x 0 River Plate, que ainda não foram divulgados pela Fifa até a publicação desta matéria.

Os empates sem gols de Palmeiras x Porto e Fluminense x Borussia Dortmund “confirmaram” a tese de que os principais times do Brasil fazem frente às equipes que oscilam entre a primeira e a segunda prateleira da Europa. Paulistas e cariocas tiveram mais finalizações do que seus adversários (17 a 12, e 14 a 7) e por pouco não saíram de campo com os três pontos.

A hipótese ganhou ainda mais força após o Flamengo vencer o Chelsea, de virada, por 3 a 1. Ingleses e brasileiros tiveram estatísticas parecidas em posse de bola (44% do time rubro-negro a 49,7% da equipe londrina) e números aproximados de arremates à baliza (14 a 11), mas a eficiência dos cariocas garantiu o resultado.

Botafogo x PSG

Por outro lado, a impactante vitória do Botafogo sobre o Paris Saint-Germain, atual campeão da Champions League e considerado o melhor time do mundo na atualidade, provou que uma estratégia muito bem definida e uma execução impecável podem fazer os sul-americanos vencerem qualquer adversário.

Os cariocas finalizaram somente quatro vezes, mas encontraram o caminho do gol. Diferentemente dos franceses, que viram o goleiro John fazer apenas duas defesas durante toda a partida e, mesmo com ampla posse de bola (68% a 24,1%), tiveram o menor número de finalizações da equipe em toda a temporada: 15.

Argentinos

Os argentinos, que ficaram para trás dos brasileiros inclusive na Copa Libertadores, não tiveram o mesmo desempenho no Mundial. Os “hermanos” não venceram sequer uma partida. Apoiado por uma torcida que compareceu em massa nos EUA, o Boca protagonizou momentos distintos, quase arrancando um empate com o Bayern de Munique, mas ficando na igualdade com o literalmente amador Auckland City.

Os europeus ainda são os favoritos ao título, especialmente o PSG, Real Madrid, Bayern e Manchester City, os times de maior investimento na competição. As oitavas de final reservam pelo menos mais dois duelos entre brasileiros e times da Uefa. Flamengo e Fluminense enfrentam Bayern e Inter de Milão, respectivamente, por uma vaga nas quartas. Já quem passar do confronto Palmeiras x Botafogo encara o vencedor de Benfica x Chelsea.

Confira as estatísticas dos sul-americanos contra europeus na 1ª fase do Mundial:

INTER DE MILÃO 2 X 0 RIVER PLATE

Dados ainda não divulgados