As apostas estão em transição final para serem regularizadas no Brasil, e uma das maiores preocupações é sobre um possível endividamento da população com a liberação das bets no país.
Porém, um estudo foi feito pela LCA Consultoria Econômica, que fez uma parceria com organização de apostas esportivas. Através dele, foi revelado que as bets contam com um impacto bem menor que o esperado, inclusive, não aumentam o endividamento do brasileiro.
Portanto, o estudo traz uma nova perspectiva sobre o papel dos cassinos online no Brasil, já que agora o país também terá empresas físicas operando a partir de 2025. Pratique o jogo seguro.
Estudo aponta a despesa de apostas dos brasileiros
De acordo com a LCA Consultoria Econômica, o gasto líquido anual dos brasileiros com jogos online é de R$ 16,3 bilhões, descontando os valores devolvidos em premiações.
Dessa forma, a despesa com apostas representa até 0,5% do consumo total das famílias brasileiras atualmente, um número que não provoca o aumento do endividamento geral no país.
Outro ponto do levantamento é o percentual das transações que realmente ficam com as plataformas. Segundo o estudo, são 7%, diferente da estimativa do Banco Central. A diferença cai de R$ 35 bilhões para R$ 16,3 bilhões.
Eric Brasil, diretor da LCA, explicou um pouco sobre os números.
“Não é que o Banco Central erre a conta. Eles mesmo estimam que 15% do valor é efetivamente retido pelas casas de aposta. O que não fazem claramente é dizer que, se só 15% são retidos, pelo menos 85% voltam para os apostadores. Esse mercado é grande, mas não é um monstro”, destacou.
Ainda segundo o relatório, foram 24 milhões de apostadores realizando transações por pix, resultando em um valor que fica entre R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões.
Governo está focado em ações de proteção
O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) está comprometido com as práticas de jogo responsável no segmento das bets. Dessa forma, buscam garantir sustentabilidade econômica, mas também proteger os apostadores com medidas de combate ao jogo compulsivo e, claro, endividamento.
Os números divulgados pelo Banco Central mostraram a preocupação neste ponto, mas o estudo da LCA mostrou que a situação não é como parecida. Apesar disso, existe consenso de que são necessárias algumas ações de conscientização.
André Fufuca, ministro do esporte, destacou que é o momento de “separar o joio do trigo”, já que o mercado de bets agora terá as empresas regularizadas, onde os apostadores devem dar prioridade.
“Essas denúncias que estamos vendo serão averiguadas e eu garanto que, por parte do Ministério do Esporte, todo o rigor será usado para que a gente tenha o máximo de lisura em relação a apostas esportivas”, disse.
Vale destacar que a regularização das apostas no Brasil está em processo de finalização e já em transição, com algumas medidas tomadas ainda em 2024. Porém, oficialmente, a regulamentação começa no dia 1º de janeiro.