
A trajetória de atletas que retornam após graves lesões é um verdadeiro testemunho de coragem, perseverança e amor pelo esporte. É necessária muita força de vontade e também preparo mental para retornar em alto nível após passar por algo mais grave na carreira.
Esse espírito competitivo também influencia o universo esportivo, já que casas de apostas acompanham de perto cada etapa dessa volta por cima, refletindo nas cotações e no interesse dos fãs. Jogue com responsabilidade.
Portanto, momentos de superação não se resumem apenas à recuperação física, mas também ao fortalecimento mental, à resiliência diante das adversidades e à capacidade de reinventar estratégias para voltar ao mais alto nível competitivo.
Vamos relembrar alguns episódios marcantes envolvendo atletas brasileiros que deram a volta por cima e brilharam em Jogos Olímpicos.
Rebeca Andrade
A ginasta Rebeca Andrade é a atleta do Comitê Olímpico Brasileiro com mais medalhas em Jogos Olímpicos. São seis medalhas conquistadas, com direito a dois ouros, três pratas e um bronze.
Porém, a sua história não é só de glórias, mas também resiliência. Foram três cirurgias no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho, mas nada que impedisse Rebeca de brilhar e mostrar ao mundo o seu potencial.
Leandro Guilheiro e Mayra Aguiar no judô
O judoca Leandro Guilheiro tem duas medalhas de bronze em Olimpíadas, conquistadas em Atenas 2004 e Pequim 2008. Porém, a sua carreira não foi nada fácil, encarando 12 cirurgias. Inclusive, após o bronze em Atenas, ele chegou a operar a mão e ter uma lesão no quadril.
“Eu aprendi muita coisa, que não existe um momento ideal para você fazer as coisas, você tem que fazer e ponto final. A gente tem capacidade de realizar as coisas para caramba. No fim, a medalha simboliza tudo isso que eu vivi, tudo isso que eu superei, tudo isso que eu senti”, destacou o judoca ao GE, em 2021.
Também no judô, Mayra Aguiar é outro exemplo de superação. Ela passou por sete cirurgias, inclusive uma de LCA, em 2020. Porém, a gaúcha reuniu forças para voltar a tempo e buscar o seu terceiro bronze olímpico seguido e fazer história.
Fernanda Garay, Jaqueline e Natália no vôlei feminino
A modalidade é repleta de histórias de superações. Em 2019, Fernando Garay torceu o tornozelo e deixou a quadra carregada. Porém, voltou a tempo de ajudar o país a buscar a medalha de prata em Tóquio 2020.
Já Jaqueline e Natália viveram situações antes de Londres 2012. A primeira sofreu uma lesão cervical, enquanto a segunda descobriu um tumor em um osso da canela. Ambas voltaram a tempo de ajudar o Brasil a conquistar o ouro, com Fernanda Garay e companhia.
Thiago Braz
Os brasileiros não esquecem o feito histórico de Thiago Braz no salto com vara no Rio de Janeiro em 2016, quebrando o recorde olímpico, se tornando o primeiro a saltar acima de 6 metros (6,03) e conquistando o ouro. Porém, muita gente não se recorda que ele sofreu uma fratura no punho somente dois anos antes, o que quase o tirou da competição.
“Tive medo. Não sabia o que ia acontecer. Preciso 100% dos meus braços. Muitas pessoas me disseram que a lesão era difícil, com recuperação complicada. Não tinha como garantir que o movimento que impulsiona para envergar a vara ia voltar”, disse Thiago ao GE em 2015.
Talvez nem mesmo o atleta imaginasse o desfecho dessa história, que rendeu o ouro no Brasil e também a medalha de bronze em Tóquio.