
A Comissão de Arbitragem da CBF divulgou nessa quarta-feira (dia 23) a atuação do árbitro assistente de vídeo (VAR) em Athletico Paranaense 1×1 Ferroviária, na Arena da Baixada, pela 18ª rodada da Série B 2025.
O lance que causou polêmica ocorreu aos 33 minutos do segundo tempo, quando o Athletico vencia por 1 a 0. O meia Thiago Lopes, ex-Coritiba e hoje na Ferroviária, fez um cruzamento rasteiro. A bola tocou no rosto e, em seguida, no braço do meia Dudu Kogitzki, do time paranaense.
Análise do VAR
O árbitro do VAR, Antonio Magno Lima Cordeiro, entendeu que houve pênalti no lance e chamou o árbitro de campo, Alisson Sidnei Furtado.
No áudio divulgado pela Comissão de Arbitragem, Cordeiro explica o que viu e como interpretou o lance. “Toca no braço, tanto toca como para. E é um braço descolado do corpo. Ele amplia o espaço corporal”, disse o árbitro do VAR. “Mesmo se ela toca no rosto, esse braço está ampliando o espaço corporal”, afirmou. “Vou recomendar uma revisão”, completou. “O jogador de número 53, ele se atira na bola, ampliando o corporal, descolando o braço do corpo, caracterizando assim, uma mão de bloqueio”, detalhou.
Clique aqui para ver o vídeo e ouvir o áudio da análise do VAR, divulgados pela CBF.
O árbitro de campo ainda questinou Cordeiro. “Ela toca no rosto e depois no braço?”, perguntou. E o árbitro do VAR confirma que sim.
Reação do Athletico
O diretor de futebol do Athletico Paranaense, Eduardo Freeland, fez um pronunciamento logo após o empate com a Ferroviária, nessa terça-feira (dia 22) à noite, na Arena da Baixada. Ele reclamou do pênalti marcado a favor do adversário e pediu que o árbitro da partida (Alisson Sidnei Furtado, do Tocantins) nunca mais apite no futebol profissional – e não apenas jogos do Furacão.
“Acho fundamental que o clube se manifeste publicamente. Erro todos nós cometemos. Erro não é o problema. O problema é a gravidade do erro”, disse Freeland. “Consultei pessoas do meio da arbitragem, conhecedoras da regra, e o erro que determina o resultado do jogo é muito grave. Conheço o trabalho da comissão da arbitragem, que faz um trabalho muito sério. Mas o que vimos hoje foi grotesco”, declarou. “A bola nem tocou na mão. E se tivesse tocado na mão, não faria sentido marcar (pênalti)”, completou ele, em pronunciamento.
Pedido formal à comissão de arbitragem
Freeland avisou que vai entrar com um pedido formal na comissão de arbitragem. “O nosso pedido diretamente é que esse árbitro de hoje, Alisson Sidnei Furtado, e o árbitro do VAR, Antonio Magno Lima Cordeiro, não apitem mais jogos profissionais. Não apenas do Athletico, mas profissionais.
Não têm nível suficiente para um jogo profissional. Certamente vão prejudicar outras equipes”, afirmou.