Athletico x Bolívar (Crédito: Franklin de Freitas)

O Athletico Paranaense está fora da Copa Libertadores 2023. A eliminação ocorreu nessa terça-feira (dia 8) à noite, com o derrota por 5 a 4 na decisão por pênaltis com o Bolívar, na Ligga Arena, em Curitiba, na partida de volta das oitavas de final. No tempo normal, vitória por 2 a 0 do Furacão. No jogo de ida, o time boliviano venceu por 3 a 1 em La Paz e poderia avançar mesmo com uma derrota por um gol de diferença. O time paranaense precisava vencer por dois gols de diferença para levar para os pênaltis ou por três gols para se classificar direto. O gol como visitante não é critério de desempate.

Agora, nas quartas de final, o time boliviano vai enfrentar o Internacional, que eliminou o River Plate (Argentina) nos pênaltis, nesta terça-feira.

Com a eliminação, o Athletico deixa a Libertadores 2023 com R$ 26,7 milhões acumulados. Clique aqui para saber mais.

Decisão por pênaltis
Na decisão, converteram para o Athletico: Marcelo Cirino, Vitor Bueno, Fernandinho e Arturo Vidal. O único a errar foi Thiago Heleno, que mandou no travessão. Apesar da falha, o zagueiro teve o nome gritado por vários torcedores, em sinal de apoio. Acertaram para o Bolívar: Bejarano, Justiniano, Saucedo, Algarañaz e Bruno Sávio.

Histórico na decisão por pênaltis
O placar interrompeu uma série de dez vitórias do Furacão em disputas por pênaltis. A última derrota nesse tipo de situação havia ocorrido na semifinal do Paranaense de 2018, para o Rio Branco.

Recorde
No tempo normal, os gols foram de Fernandinho e Vitor Roque. O centroavante Vitor Roque virou o maior artilheiro do Athletico na história da Libertadores, empatado com Marco Rúben, Luisinho Netto e Lima. O novato, de 18 anos, também é o goleador do Furacão na temporada 2023 – clique aqui para ver a lista completa.

Série internacional
O Furacão ampliou uma série invicta. Em competições internacionais, o Athletico não perde em casa (no tempo normal) desde 24 de julho de 2019, quando levou 1 a 0 do Boca Juniors. Desde então, somou 17 vitórias e 4 empates como mandante por Libertadores (14 jogos), Sul-Americana (seis jogos) e Recopa (um jogo).

No Brasil
O Bolívar tem fraco retrospecto no Brasil. A única vitória foi contra o Athletico, na Libertadores de 2002. Nos demais 15 jogos em solo brasileiro, o time boliviano sofreu 14 derrotas e arrancou um empate – considerando o placar do tempo normal.

Wesley
O técnico interino do Athletico, Wesley Carvalho, soma agora 5 vitórias, 3 empates e 5 derrotas no comando da equipe.

Escalação
As baixas no Athletico eram o volante Alex Santana, o meio-campista Christian, os atacantes Willian Bigode e Rômulo, o lateral-esquerdo Fernando e o zagueiro Pedro Henrique, todos em recuperação. O técnico Wesley Carvalho usou o esquema tático 4-2-3-1, com Canobbio (esquerda), Arturo Vidal (centro) e Pablo (direita). O Bolívar não tinha desfalques e veio no 5-3-2

Primeiro tempo
O primeiro tempo teve o Athletico no controle das ações, atacando pelas duas pontas e com boa infiltração dos meio-campistas. O Bolívar priorizou a defesa, mas não ficou só atrás e levou perigo em alguns ataques bem construídos. As três melhores jogadas da primeira etapa foram do Furacão, que fez o gol em pênalti originado em jogada de Vidal e Canobbio — e convertido por Fernandinho, aos 30 minutos. Além do gol, mais duas finalizações perigosas: uma com Erick e outra com Vitor Roque. Aos 44, o Bolívar teve gol anulado. O lance é polêmico.

Arbitragem
A imagem da TV do gol anulado dos bolivianos mostra que não há impedimento, apenas um toque sutil de Ronnie Fernández em Thiago Heleno. O árbitro interpretou como falta de ataque.

Segundo tempo
O segundo tempo começou com ritmo reduzindo e com o Bolívar mais ousado. Aos 15, a primeira substituição no Athletico, com a saída de Pablo para a entrada do meia Vitor Bueno. O jogo era tenso e truncado até os 22, quando o Furacão fez 2 a 0, depois de bate e rebate em escanteio, passe de Canobbio e finalização de Vitor Roque. Depois do gol, a partida voltou a ficar marcada por muita luta física e poucas jogadas construídas.

Estatísticas
No total dos 90 minutos, o Athletico teve 65% de posse de bola, 18 finalizações (3 certas), 15 faltas cometidas e 73% de precisão nos passes. O Bolívar somou 12 arremates (1 certo), 13 faltas cometidas e 54% de acerto nos passes. Os dados são do Sofascore.

ATHLETICO 2×0 BOLÍVAR
Athletico: Bento; Khellven, Zé Ivaldo, Thiago Heleno e Esquivel; Erick e Fernandinho; Canobbio (Marcelo Cirino), Arturo Vidal e Pablo (Vitor Bueno); Vitor Roque. Técnico: Wesley Carvalho
Bolívar: Lampe; Villamil, Bentaberry, Ferreyra, José Sagredo (Jesús Sagredo) e Quinteros; Bejarano, Justiniano e Patricio Rodríguez (Bruno Sávio); Chico (Algarañaz) e Ronnie Fernández (Salcedo). Técnico: Beñat San José
Gols: Fernandinho (30-1º) e Vitor Roque (22-2º)
Cartões amarelos: Bejarano, Chico, Ronnie Fernández, Bentaberry (B). Fernandinho (A).
Árbitro: Kevin Ortega (Peru)
Público: 31.497 pessoas
Local: Ligga Arena, em Curitiba

PRINCIPAIS LANCES
Primeiro tempo
22 – Khellven cruza e Erick finaliza perto, ao lado.
25 – Vidal dá bom passe em profundidade. Canobbio dispara, invade a área e desarmado pelo braço de Bentaberry. O árbitro verifica no VAR e marca o pênalti.
30 – Gol do Athletico. Fernandinho cobra à esquerda do goleiro, que não alcança.
38 – Vidal dá uma casquinha de cabeça para Vitor Roque, que invade a área e chuta perto, ao lado.
44 – Bentaberry lança para a área. Thiago Heleno fura. Chico fica livre e rola para Patricio Rodriguez completar, livre na cara do gol.

Segundo tempo
11 – Bejarano cruza. Thiago Heleno fura. Ronnie ajeita de cabeça, mas Chico recebe em impedimento.
12 – Canobbio arrisca de fora da área. A bola vai ao lado.
18 – Sagredo chuta de fora da área. A bola desvia na zaga e sai perto, sobre o gol.
22 – Gol do Athletico. Depois de escanteio e bate-rebate, Canobbio toca para Vitor Roque, livre na área. Ele chuta no canto.
27 – Vitor Roque puxa contra-ataque e rola para Canobbio, livre na área. Ele manda para fora e perde grande chance.
42 – Khellven toca para Canobbio, na área. Ele chuta na trave.