Atlético tem vitória parcial no “caso Nathan”

Silvio Rauth Filho

A disputa judicial entre o Atlético Paranaense e o meia Nathan, 19 anos, não estará solucionada até 10 de abril. Nessa quinta-feira (dia 26), foi realizada uma audiência na 15ª Vara do Trabalho de Curitiba para discutir o caso. A juíza Morgana Richa marcou nova audiência para 10 de abril. Ela também determinou que o processo siga em segredo de justiça. Segundo a juíza, há repercussão exagerada e muitas especulações sobre o caso.

No processo, o Atlético pede a ampliação do contrato do jogador até março de 2017. Uma cláusula no atual vínculo permite essa prorrogação de forma automática. O jogador não concorda com esse dispositivo e defende que o contrato acaba em 30 de março de 2015.

Antes mesmo de uma sentença sobre o caso, o jogador preferiu pagar a multa rescisória prevista no contrato, ficando livre do Atlético. Ele depositou R$ 2,4 milhões na Justiça para conseguir a rescisão. No entanto, o clube afirma que a multa tem valor superior (R$ 3,6 milhões) e questiona essa quebra de contrato.

Enquanto não há uma sentença definitiva sobre o caso, o Atlético já conseguiu uma decisão provisória da Justiça (antecipação de tutela) garantindo a ampliação do contrato até 2017 e impedindo que o jogador se transfira para outro clube.

Por ter essa garantia provisória e por ter evitado uma vitória de Nathan nessa quinta-feira, é possível dizer que o Atlético teve uma vitória parcial no caso.

Há também outro desentendimento entre as partes. O Atlético alega que aumentou o salário de Nathan. E o valor da multa rescisória é calculado com base no salário. O jogador afirma que não ganhou o reajuste.