
A Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês) decidiu recorrer da decisão da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) no caso de doping do uruguaio Agustín Canobbio, 24 anos, hoje no Athletico Paranaense. As informações são do site Futbol.com.uy.
Em setembro de 2021, quando defendia o Peñarol, Canobbio testou positivo para a substância boldenona — um anabolizante de uso veterinário para crescimento e engorda de animais. O exame antidoping foi feito após um jogo em Lima, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, contra o Sporting Cristal.
“Após várias audiências em que o jogador de futebol participou, e onde foram apresentados argumentos, provas e testemunhas, foi possível demonstrar que o resultado adverso se deveu ao fato de se tratar de ‘um caso de contaminação por ingestão de carne’ como explicou o advogado de Canobbio na época, Horacio González Mullin”, informou o Futbol.com.uy.
Em março de 2022, a Conmebol decidiu aplicar apenas uma advertência ao jogador pelo caso de doping.
Agora, após a Wada recorrer, o caso será avaliado pelo Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça, que é a instância máxima nessa área – a decisão será final e não caberá recurso. Ainda não há definição se caso será julgado ou apenas arquivado. A punição padrão para casos de doping é de seis meses. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o zagueiro Thiago Heleno e com o volante Camacho, ambos do Athletico, suspensos por seis meses em agosto de 2019.
Canobbio foi comprado pelo Athletico em março de 2022, por cerca de R$ 15 milhões. É a segunda compra mais cara da história do clube. Desde então, somou 49 jogos, cinco gols e duas assistências. Em novembro de 2022, foi convocado pelo Uruguai e disputou a Copa do Mundo do Catar – atuou por 10 minutos na vitória sobre Gana.