O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, e o ex-jogador Jackson Nascimento (Crédito: Divulgação/Athletico/Gustavo Oliveira)

Jackson Nascimento, comemora aniversário de 99 anos nesta quinta-feira (24). Assim como o Athletico Paranaense, nasceu em 1924.

Como jogador, o meio-campista é até hoje o segundo maior artilheiro da história do clube, com 150 gols. O líder desse ranking é o também meio-campista Sicupira, que morreu em 2021, aos 77 anos. Ele soma 157 gols pelo clube.

História
O site oficial do Athletico Paranaense publicou nessa quinta-feira uma homenagem a Jackson, contando toda sua história. O jogador nasceu Paranaguá, mas foi criado em Antonina. Seu pai, José Thomaz Nascimento, era torcedor do clube rubro-negro e foi um dos fundadores do Club Athletico Antoninense.

“Foi lá que Jackson iniciou sua trajetória no futebol. E onde jogou até os 11 anos, quando veio estudar em Curitiba. Em 1939, ingressou nas equipes de base do Athletico. Passou pelos juvenis, pelos aspirantes e em 1944 fez sua estreia como profissional Jackson jogou no time principal do Athletico entre 1944 e 1957. Ao longo desses 13 anos, só esteve longe da Baixada entre 1950 e meados de 1952. Nesse período, ele defendeu o Corinthians, onde foi campeão paulista em 1951. Foram mais de 300 jogos com a camisa rubro-negra, com as conquistas do título estadual em 1945 e 1949”, contou o site oficial do Furacão.

Artilheiro
Jogando como meia, Jackson marcou 150 gols pelo Athletico. Além de ser o segundo maior artilheiro da história do clube, também é o principal goleador do Estádio Joaquim Américo, a atual Ligga Arena.

“Durante a maior parte de seus 11 anos de Athletico, Jackson formou uma dupla infernal ao lado do ponta Cireno. Com tabelas em alta velocidade, dribles implacáveis e centenas de gols, eles foram consagrados como a melhor ala esquerda do futebol paranaense. A curiosidade é que ambos, Jackson e Cireno, eram destros. E faziam aniversário no mesmo dia, 24 de agosto. Cireno nos deixou em 2012. Se estivesse vivo, completaria hoje 101 anos. Ele é o quinto maior artilheiro da história do clube, com 114 gols”, relatou o site oficial do Athletico.

Camisa 10
“Em 1949 que o Athletico passou a jogar com números nas camisas. A novidade era preparatória para a Copa do Mundo de 1950, que seria realizada no Brasil e traria pela primeira vez a numeração no uniforme dos atletas. Meia-esquerda da equipe, Jackson recebeu a camisa 10. Um número que segue sempre os grandes craques”, conta o site do clube.

Origem do apelido Furacão
O time de 1949 marcou para sempre a identidade do Athletico. Com dez goleadas seguidas, o garantiu o título estadual com duas rodadas de antecedência. E ficou para sempre conhecido como o Furacão.

Jackson era uma das principais peças do ataque arrasador, que marcou 49 gols em 12 partidas. Além de balançar as redes dez vezes, contribuiu com dezenas de assistências e jogadas que viraram lendas.

Ao final da temporada, os jogadores do Furacão original receberam do clube o título de “doutores em futebol”, com direito diploma, anel de grau e baile de formatura.

De craque a treinador
Jackson fez sua última partida pelo Athletico no dia 21 de abril de 1957. O craque marcou o segundo gol do Furacão no empate em 2 a 2 com o Água Verde, na Baixada. O Rubro-Negro não estava bem no campeonato e a diretoria decidiu demitir o renomado treinador Filpo Núñes. E Jackson, que já ensaiava pendurar as chuteiras, decidiu encerrar de vez a carreira de atleta e assumir o comando do time.

Ele treinou a equipe até o final da temporada. No início de 1958, Joaquim Loureiro foi contratado, mas só permaneceu no cargo até a metade do campeonato. Jackson, que tinha permanecido como membro da comissão técnica, foi novamente chamado. E junto com Caju e Stengel Guimarães, levou o time a mais um título estadual.