Técnico do Athletico elogia João Cruz e explica diferença entre posição e função

O técnico do Athletico Paranaense, Maurício Barbieri, foi perguntado sobre a nova posição de João Cruz em 2025

Silvio Rauth Filho
João Cruz, do Athletico

João Cruz, do Athletico (Crédito: Valquir Aureliano)

O técnico do Athletico Paranaense, Maurício Barbieri, foi perguntado sobre a nova posição de João Cruz, 18 anos, em 2025. No ano passado, o novato foi usado em posições centralizadas no meio-campo. Agora, vem atuando aberto pelo lado esquerdo, como extremo, no esquema tático 4-2-3-1, ao lado de Zapelli (meia centralizado) e Luiz Fernando (extremo pela direita).

Para o treinador, João Cruz é importante para a equipe e sua contribuição em campo não depende exclusivamente da sua posição, mas sim das funções que exerce. “Primeiro enaltecer muito a figura do João, porque todos nós sabemos que o João consegue ter um rendimento superior. Mas o João vem cumprindo uma função muito importante para a equipe”, disse Barbieri, na entrevista coletiva após o empate com o Operário.

“Eu entendo que todos têm essa visão do João mais como um meia do que como um extremo. E o João tem a liberdade de vir para dentro, para passar o lateral. Eu acho que não é exatamente a posição que ele ocupa de início que determina a condição que ele vai ter no jogo ou não. Posso citar vários jogadores. O Scarpa jogou muito tempo aberto (como extremo) no Palmeiras e não é um ponta. O Danilo jogou no Corinthians aberto e não era um ponta. Eram meias”, argumentou o treinador. “Então, eu não acho que é a posição que determina a função que o João exerce”, completou.

“É um jogador que tem ajudado e cumprindo uma função tática muito importante. Tanto é que no primeiro tempo, quando o João estava ainda dentro do campo, a gente criou muitas possibilidades de gol, bola na trave, várias situações”, destacou.

Isaac

João Cruz acabou substituído pelo ponta Isaac, 20 anos, que veio do Fluminense. O novato também jogou aberto na esquerda. “E o Isaac é um garoto. É um garoto de muito potencial, de muito talento, mas que precisa de um cuidado”, declarou.

O ponta Isaac em Athletico x Operário (Crédito: Valquir Aureliano)

“Porque os mesmos que de repente vão cobrar a entrada do Isaac agora de imediato, são os que daqui dois jogos, quando ele não render, vão dizer que ele não serve. Então, a gente tem que ter muito cuidado para que ele possa amadurecer, tendo esses minutos, possa crescer com segurança. Eu, durante a minha carreira, sempre gostei e tive essa iniciativa de colocar jogadores jovens. O primeiro que deu continuidade à titularidade ao Vinícius Junior fui eu. E podia ser questionado, e hoje o Vinícius é o que é. Pelo talento que o Isaac tem, acredito que ele possa chegar tão longe quanto, mas a gente tem que ter calma e cuidado para fazer esse processo de forma gradual”, afirmou o treinador.