
O técnico do Athletico Paranaense, Odair Hellmann, explicou a mudança de esquema tático adotada para a partida contra o Avaí. Ele vinha usando sistemas com linha de quatro na defesa. Dessa vez, usou linha de cinco, com três zagueiros atrás.
“Hoje foi uma vitória da estratégia. Pra jogar a Série B, tem que ler e estudar o adversário”, declarou, em entrevista coletiva. “O adversário (Avaí) tem jogo áereo e bola longa o tempo todo. É um time que tenta fazer o jogo apoiado por dentro. A entrada de mais um zagueiro não é só para defender, mas é para atacar, pra liberar o Luiz Fernando para outra função. Hoje fomos felizes na execução”, comentou. “Um jogo que a equipe entendeu a estratégia e soube executar”, disse.

Novidade tática
Hellmann inovou e usou um sistema com três zagueiros. Com a posse de bola, o time atacava no 3-4-2-1, com Esquivel (esquerda), Kauã Moraes (direita), Felipinho (centro) e João Cruz (centro) na linha de quatro. Os dois meias ofensivos eram Luiz Fernando e Giuliano. O centroavante era Alan Kardec. Sem a bola, o time se defendia no 5-4-1, com Esquivel e Kauã Moraes recuando para as laterais – e com Luiz Fernando (direita) e Giuliano (esquerda) formando a linha de quatro do meio-campo.
Gol histórico
Sobre o gol épico de Renan Peixoto, de antes da linha divisória, Odair lembrou de Pelé. “Um gol desse é um privilégio de quem está no campo, de ver ao vivo um gol desses. Fazer um gol desse é relembrar a memória do maior de todos”, cmentou.
Chances para novatos
O treinador do Furacão também foi perguntado sobre a utilização de jogadores das categorias de base. Ele respondeu que é preciso cautela nesse momento, devido ao contexto vivido pelo clube. “Acredito que o mix de experientes e novatos é uma base que pode dar solidez maior. O jovem te traz uma valência e o experiente te traz outras características. E essa junção torna o grupo equilibrado. Mas nesse momento que o Athletico está passando, não é o melhor momento para dar oportunidade ao jovem. É um momento de intranquilidade, de irregularidade”, argumentou. “Às vezes, nessa pressa de colocar o menino, acaba perdendo o menino. E, num time equilibrado, ele pode render ainda mais”, explicou.