O 5-3-2 usado contra o Flamengo e o técnico Felipão (Créditos: Reprodução/This11 e Valquir Aureliano)

O técnico do Athletico Paranaense, Felipão, vem há semanas fazendo mistério sobre a escalação para a final da Copa Libertadores, neste sábado (dia 29) às 17 horas (de Brasília), contra o Flamengo, em Guayaquil, no Equador.

A principal dúvida é se joga o meia-atacante Terans — artilheiro e líder em assistências do time em 2022 — ou o volante Alex Santana. Os dois também podem jogar juntos, em uma terceira alternativa.

A dúvida não tem relação com a qualidade dos jogadores, mas sim com a missão de Felipão de encontrar um sistema de marcação que encaixe o estilo de jogo do Flamengo e, ao mesmo tempo, que dê poder ofensivo ao Athletico.

Tudo indica que Felipão está entre três esquemas táticos: o 4-2-3-1, o 4-1-4-1 e o 5-3-2.

O provável Athletico no caso do 4-2-3-1 (Crédito: Reprodução/This11)

4-2-3-1
A base do trabalho do treinador tem sido o 4-2-3-1, com dois volantes (um pela esquerda e outro pela direita). Não há a figura do primeiro e do segundo volante nesse caso. No setor ofensivo, um trio formado por dois jogadores de velocidade pelos lados e um meia-atacante centralizado dando suporte ao centroavante.

Nos últimos jogos, Vitinho e Cuello têm atuado como extremos (meias-pontas). Canobbio passou a maior parte da temporada como titular pela direita, mas parece ter perdido espaço para Vitinho.

O provável Athletico no caso do 4-1-4-1 (Crédito: Reprodução/This11)

4-1-4-1
Felipão usou o 4-1-4-1 em alguns jogos. Nesse modelo, o time ficou com um volante próximo dos zagueiros, comandando a saída de bola — antes era Hugo Moura, mas recentemente Fernandinho tem sido escolhido para essa função. Na linha de quatro, os dois extremos seguem com a mesma liberdade ofensivo e a mesma obrigação defensiva do 4-2-3-1. Os dois meias centralizados ganham bastante liberdade ofensiva nesse formato e ajudam bastante a pressionar a saída de bola adversária. O formato é ideal para aproveitar as características de Alex Santana, um volante-artilheiro, com bom chute de média distância e que pisa na hora com frequência. E também de Erick, que têm muita capacidade física para atacar e defender com intensidade, além de se destacar no jogo aéreo na área adversária.

O provável Athletico no caso do 5-3-2 (Crédito: Reprodução/This11)

5-3-2
O técnico do Athletico só usou esse modelo duas vezes. E exatamente nos dois duelos com o Flamengo pela Copa do Brasil. O time segurou o 0 a 0 no jogo de ida, no Maracanã, mas ficou muito recuado, levou sufoco (duas bolas na trave) e pouco atacou. No jogo da volta, na Arena da Baixada, perdeu por 1 a 0. No entanto, apresentou melhor desempenho, conseguindo atacar e anular as principais jogadas do adversário.

Na entrevista coletiva após o jogo com o Flamengo, na Copa do Brasil, explicou o motivo do 5-3-2. “O Flamengo joga com um losângo (no ataque). Se você não tiver um losângo, você vai ficar como barata tonta ali no meio”, declarou. O time carioca usa o 4-3-1-2, com Arrascaeta com muita liberdade de movimentação, como ‘1’, e com dois atacantes que sabem jogar pelos lados e, ao mesmo tempo, como centroavantes: Pedro e Gabigol. “Não é um time comum. Pra vocês, pode ser comum, mas não pra nós, que analisamos e montamos a estratégia pensando em ganhar, mas com dificuldade para o adversário atacar. Acredito que nossa torcida esteja entendendo”, argumentou Felipão, naquela ocasião.