Caso de racismo durante Atletiba será investigado; zagueiro Léo foi a vítima

Redação Bem Paraná com assessoria
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Expulsão do zagueiro Léo. (Reprodução)

Mais um caso de racismo no futebol do Paraná foi registrado neste sábado, 25, durante a disputa do clássico Atletiba, no Estádio do Couto Pereira, no Alto da Gloria. O alvo foi o zagueiro Léo, do Athletico.

Imagens de um vídeo publicado nas redes sociais mostram uma pessoa, que está no meio da torcida do Coritiba, chamando o jogador de “macaco”.

O vídeo é feito no primeiro tempo da partida, quando o zagueiro Léo é expulso. O vídeo mostra o torcedor chamando o jogador de macaco. ” Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai em bora, Léo Pelé, seu preto, macaco do caralho. Olha para cá, seu macaco”, diz a pessoa no vídeo.

Após tomar conhecimento o caso, o jogador e um segurança do Athletico foram até a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) no Couto Pereira. Eles tentaram fazer um boletim de ocorrência. Como não havia ninguém no local após o jogo, o B.O. deve ser feito na segunda-feira, 27.

Em nota publicada nas redes sociais, o o Coritiba informou que o caso será investigado.

O Athletico também divulgou uma nota sobre o caso:

“O Athletico tomou conhecimento do vídeo que circula na internet, no qual torcedores proferem injúrias raciais contra nosso atleta Léo durante o Athletiba deste sábado (25).

O Athletico repudia veementemente qualquer ato de racismo, reafirmando que condutas dessa natureza são inaceitáveis e jamais serão toleradas.

O clube informa que está adotando todas as providências cabíveis para que os responsáveis sejam identificados e punidos na forma da lei. A prática de injúria racial é crime, equiparada ao racismo. A Lei Geral do Esporte também prevê punições severas para atos discriminatórios no ambiente esportivo, podendo resultar em sanções administrativas e até no banimento dos envolvidos.

O Athletico segue prestando total apoio ao atleta Léo. O compromisso do Athletico com a luta contra o racismo é inegociável, e o futebol deve ser um espaço de respeito, diversidade e inclusão.”

O prefeito Eduardo Pimentel usou a rede social para reprovar o ato de racismo.