O Atlético precisa de um estádio com pelo menos 15 mil lugares para jogar o Brasileirão. O Coritiba tem um estádio com mais de 15 mil lugares. No ano passado, tratativas dos dois clubes para um empréstimo do Couto Pereira não só naufragaram como aumentaram a rivalidade. Ontem, porém, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, acenou com a possibilidade de uma nova negociação. Com uma condição: que houvesse uma conversa olho no olho com o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia.
Há alguns meses, Andrade declarou que, enquanto Petraglia fosse o presidente do Atlético, não haveria acordo. Dei essa declaração. Mas Atlético e Coritiba são maiores que Petraglia e Vilson. Não somos donos do clube, afirmou Andrade, em entrevista à rádio Transamérica. Ele afirmou que não houve acerto porque o colega rubro-negro não mostrou humildade. O dia que ele tiver humildade, sentar-se numa mesa e tiver humildade, olhar nos meus olhos, e não mandar recado, pode sair negociação. Se não, não sai, declarou. Questionado sobre que tipo de recado seriam esses, o coxa-branca falou: Ele sabe quais.
Andrade comentou também um capítulo mais recente da rivalidade: a reclamação sobre a cessão de dinheiro publico, sob a forma de títulos de potencial construtivo, para as obras na Arena da Baixada – hoje, a Câmara dos Vereadores vai votar um aumento no valor. Na última semana, o Coritiba protestou contra isso, em nota no site oficial. O que está acontecendo é um benefício a uma entidade particular por causa da Copa, afirmou Andrade.
Ele foi mais além e disse que a Câmara não tem moralidade para votar tal aumento, por causa do fim do mandato de vários deles. Tinha que deixar a decisão com os novos vereadores (que vão tomar posse no próximo ano). Aquele que não foi eleito tem uma condição tranqüila, a responsabilidade do voto é nula Ele não tem compromisso a partir de 1º de janeiro, disse Andrade. Quem teria que votar é a nova Câmara. Mas isso é posição pessoal minha.
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