
O técnico do Coritiba, Thiago Kosloski, lamentou profundamente a derrotada do Coritiba para o Cuiabá, na noite desta quarta-feira (18 de outubro), em pleno Couto Pereira. Na avaliação do treinador alviverde, o time da casa foi melhor que o adversário quase todo o jogo, pressionou no campo de ataque e criou uma série de jogadas de perigo.
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“Hoje, do ponto de vista de vontade, de raça, não faltou – tirando os últimos dez minutos que a equipe realmente caiu de produção e tomou o nocaute. A gente fez de tudo para ganhar o jogo, mas infelizmente a nossa bola não entrou e a do adversário entrou”, desabafou o treinador em entrevista coletiva, seguindo com sua análise. “Se olhar o jogo friamente, o Cuiabá, até o gol [do Deyverson], não tinha finalizado. Fizeram o gol num lance de bola parada. O Coritiba continuou [no ataque], tivemos cinco chances de gol [no primeiro tempo]. Voltamos pro segundo tempo e até os 30 minutos o Cuiabá não passou do meio de campo”.
Ainda segundo Kosloski, logo quando ele fez as últimas substituições no Coxa para buscar o empate, o Cuiabá conseguiu desferir um golpe fatal e nocautear o time da casa. “Na hora que fizemos as trocas para tentar um abafa final, não deu tempo, porque logo em seguida tomamos o gol e aí a equipe sentiu mesmo, sentiu. Não tem como, qualquer ser humano sente a pressão numa situação dessa. Ai na bola parada, uma falta de atenção nossa, tomamos mais um gol. Os jogadores sentiram bastante o baque e não tivemos força para reagir”.
No próximo domingo o Coritiba já volta a campo pelo Campeonato Brasileiro, jogando mais uma vez no Couto Pereira.
“Amanhã já temos de estar pensando no Palmeiras. A gente tem de assimilar a porrada. Aliás, assimilação de porrada é o que mais a gente vem fazendo aqui desde que eu cheguei. É difícil a pressão, nossa torcida insatisfeita, jogador desacreditado… É difícil, tanto do ponto de vista técnico como do ponto de vista diretivo. O Coritiba vem sofrendo dentro do campeonato por situações que fogem ao nosso controle, mas nós estamos tentando. Enquanto a gente tiver chance e depender da gente, temos de continuar trabalhando”, disse o treinador, prometendo que luta não faltará ao time nessa reta final de Brasileirão.
“O que eu prometo é que vamos trabalhar bastante enquanto ainda há chance matemática. Disso nós não vamos fugir nunca, enquanto há chance vamos trabalhar até o final e nós temos de brigar pelo Coritiba, pela camisa, história e tradição desse time e o respeito ao torcedor.”
“Vai ser a última vez que o Coritiba vai brigar para não cair”
Kosloski ainda destacou, no final da entrevista coletiva, que o Coxa “vem sangrando” desde janeiro e que ele, desde que chegou junto com a SAF, está tentando botar a equipe nos trilhos.
“Tem um número ao qual as pessoas talvez não tenham se atentado. A situação estava tão feia, a crise estava tão difícil, que se você pegar os números desde que eu entrei até agora, se você pegar o porcentual [de aproveitamento de pontos], a gente estaria em 13º, em 14º. Só que a gente pega o time com 14 derrotas. Dos 14 jogos que eu fiz nós ganhamos cinco e perdemos nove. Só que a situação é terrível, nós pegamos num momento muito difícil, muito difícil – e quando eu falo nós, eu falo eu e o corpo diretivo, porque a SAF entrou junto quando eu entrei”, disse o treinador.
Como alento ao torcedor, Kosloski afirmou que essa será a última vez que o Coritiba vai brigar contra o rebaixamento. “E se acontecer a queda, ele vai se levantar forte, ele vai vir forte, porque não tem como: as pessoas que estão por trás, o que o clube vem fazendo internamente, não tem como não dar certo. Só que neste momento está difícil, o clube está sangrando. Só que nós vamos brigar até o final.”