Athletico e Coritiba foram julgados no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), nessa quarta-feira (dia 5) à noite, pelas confusões no Atletiba de 24 de janeiro, no Couto Pereira.
O Coxa acabou punido com a perda de três mandos de campo e multa de R$ 50 mil pelo caso de racismo. Durante o jogo, um torcedor de 18 anos, que é sócio do Coritiba, xingou de macaco o zagueiro Léo, do Athletico, entre outras ofensas racistas. Ele foi identificado pelo clube do Alto da Glória e banido do quadro de sócios. O nome não foi divulgado.
O TJD-PR também puniu esse torcedor, com suspensão de cinco anos.
Na esfera da ‘Justiça Comum’, o torcedor se apresentou à Polícia Civil, foi indiciado e vai responder em liberdade. A pena para o crime de injúria racial é de dois a cinco anos de prisão. O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário.
Agora, o Coritiba pode recorrer dessa punição da perda de mando de campos e levar o caso a mais duas instâncias: Pleno do TJD-PR e o STJD, no Rio de Janeiro.
Jogadores suspensos
Seis jogadores do Coritiba e quatro do Athletico foram punidos pelo TJD-PR, pela briga após o apito final do Atletiba.
- Coritiba
- Filipe Machado – 10 jogos
- Jamerson – 10 jogos
- Rodrigo Gelado – 10 jogos
- Josué – 10 jogos
- Sebá Gómez – 10 jogos
- Brumado – 8 jogos
- Athletico
- Mycael – 10 jogos
- Fernando – 10 jogos
- Felipinho – 10 jogos
- Isaac – 8 jogos
- Matheus Soares – absolvido
- Zapelli – absolvido
Essas punições valem apenas para competições organizadas pela Federação Paranaense de Futebol. Ou seja, não valem para Série B do Brasileiro e Copa do Brasil.
Efeito suspensivo
Os dois clubes podem entrar com recurso para o levar o caso ao Pleno do TJD-PR. E, junto com esse processo, têm o direito de solicitar o efeito suspensivo – medida que suspende provisoriamente as punições até o julgamento do recurso.
Árbitro
O árbitro Selmo Pedro dos Anjos Neto, que apitou o Atletiba, também foi denunciado pela Procuradoria do TJD-PR e julgado nessa quarta-feira. Ele poderia ser suspenso de 30 a 180 dias e levar multa de R$ 100 a R$ 1 mil. No entanto, acabou absolvido.