O zagueiro Guiherme Aquino em Coritiba x Vila Nova
O zagueiro Guiherme Aquino em Coritiba x Vila Nova (Crédito: Valquir Aureliano)

Bruno Melo, 32 anos, formou a dupla de zaga no último sábado, na vitória sobre o Vila Nova, com Guilherme Aquino, 21 anos. O novato fez sua estreia como profissional, enquanto o veterano chegou a 48 jogos pelo Coritiba.

Na partida, o sistema defensivo do Coxa teve atuação quase impecável, permitindo apenas um contra-ataque do Vila Nova. Além da força na marcação, a dupla de zaga também esbanjou segurança na saída de bola. Aquino acertou 95% dos 59 passes que tentou e Melo, 91% dos 67, segundo dados do Sofascore.

Elogios

Perguntado em entrevista coletiva sobre a atuação de Aquino, Bruno Melo fez elogios. “Toda hora eu estava falando com ele. E antes de começar o jogo eu sempre falei: ‘cara, faz o simples, não tem o que inventar ali’”, disse. “Principalmente a gente que joga ali atrás: ‘não tá seguro, joga a bola lá na frente, sem inventar’. Sem correr risco ali atrás, para ir ganhando confiança no decorrer do jogo. E foi o que aconteceu com ele. Foi ganhando confiança e, para mim, foi um dos melhores da partida. E a gente conversa bastante. Eu converso bastante e ele já está falando mais. E que continue assim, que é um grande jogador”, comentou o veterano.

Revelado na base do Coritiba, Guilherme Aquino, de 21 anos e 1,95 m de altura, vinha aguardando uma chance no profissional desde 2024. Após a vitória sobre o Vila Nova, o técnico Mozart também elogiou a atuação do novato e explicou que não usou antes o zagueiro porque ele vinha se recuperando de lesão.

Josué e Bruno Melo em Coritiba x Vila Nova
Josué e Bruno Melo em Coritiba x Vila Nova (Crédito: Valquir Aureliano)

Pênalti decisivo

Bruno Melo também foi perguntado sobre o pênalti contra o Vila Nova, nos acréscimos da partida. No momento, ele pegou a bola e, em seguida, passou para o meia Josué cobrar. O português converteu e garantiu a vitória, aos 51 minutos do segundo tempo.

O zagueiro explicou como foi aquele momento. “Naquele momento ali, a gente tem que trazer o torcedor para o nosso lado. Não só naquele momento. Durante as partidas em casa, que a gente precisa da vitória, a gente tem que estar com o torcedor do nosso lado. E, naquele momento, eu pedia a ele para ficar com a bola ali, para o goleiro ter dúvida. Ele é o primeiro batedor de pênalti da gente. Na sequência, estava eu, mas eu prefiro que os meninos da frente façam o gol. Minha obrigação é defender lá atrás”, comentou.

Fortaleza como modelo

Bruno Melo passou 11 anos no Fortaleza. E, na entrevista coletiva, foi perguntado sobre a ascensão do clube nordestino, que se consolidou na Série A do Brasileirão e passou a ter participações seguidas na Libertadores. “É para pegar como exemplo o Fortaleza, né? Porque eu que estive lá mais de 11 anos, peguei, vivi tudo lá no Fortaleza. Desde a Série C até a Libertadores. Eu sei como é difícil e aqui está se tornando do mesmo jeito. Eu me lembro que na época a gente começou um ano bem difícil lá, mas no decorrer da competição do Brasileiro, a gente conseguiu o acesso e o título (da Série B de 2018). Uma das coisas que me motivou a ficar aqui no Coritiba, que é um clube grande, muito grande, que merece estar na Série A e não sair mais de lá”, disse.

“O que me fez ficar aqui no Curitiba foi a ambição do clube e o projeto do clube. Eu acreditei muito. Tinha outras propostas pra mim, mas eu decidi, junto com a minha família e meu empresário, que eu queria ficar aqui no clube. A prioridade era o Coritiba”, declarou. “”u quero colocar o Coritiba na Série A e quero jogar a Série A pelo Coritiba”, completou.