Celso Roth e Caio Júnior eram os nomes favoritos para assumir o Coritiba. Contudo, o orçamento do time do Alto da Glória não permite “loucuras”, e o alviverde já começa a estudar outros nomes para o posto deixado por Marquinhos Santos na última segunda-feira (23). Um deles é Adilson Batista, que inclusive já teria sido sondado pelo clube.
Rodado, o treinador já comandou grandes times do futebol brasileiro, como o Corinthians, o São Paulo, o Santos, o Atlético-PR e o Cruzeiro. Seu trabalho mais expressivo foi exatamente na equipe celeste, onde trabalhou entre 2008 e 2010, conquistando dois campeonatos mineiros e ficando perto do título da Libertadores em 2009, quando os mineiros foram vice-campeões da competição continental, perdendo na final para o Estudiantes (ARG).
Antes de se tornar treinador, Adilson Batista foi jogador profissional. E começou a carreira no arquirrival do Coritiba, o Atlético-PR. Entre 1986 e 1988, o hoje técnico foi zagueiro do rubro-negro, sagrando-se campeão paranaense em 1988. Em 2011, participou da desastrosa campanha da equipe atleticana, que acabaria rebaixada no Brasileiro. Ele assumiu a equipe após a demissão de Geninho, no final do Campeonato Paranaense, e comandou o time no começo do Brasileiro. A passagem pela Arena da Baixada teve fim no dia 25 de junho do mesmo ano (pouco mais de dois meses após sua contratação), com o treinador pedindo demissão após uma derrota por 2 a 0 para o Bahia, dentro de casa. Adilson deixou o Atlético-PR na lanterna do nacional, com apenas um empate em seis partidas.
Em agosto de 2011, antes de reencontrar o Atlético-PR quando estava comandando o São Paulo, o treinador se declarou ao ex-clube. Aqui está sempre um atleticano, que respeita, gosta e tem consideração pelo clube que me abriu as portas desse mundo maravilhoso do futebol. Sou torcedor, sócio, tenho cadeira lá, contou o treinador na época.
Desde que deixou o Cruzeiro, em junho de 2010, Adilson Batista comandou seis equipes: Corinthians, Santos, Atlético-PR, São Paulo, Atlético-GO e Figueirense. Pediu demissão no Timão e no Furacão e acabou dispensado pelas outras equipes – se melhor trabalho no período foi na equipe catarinense, onde foi eleito o melhor técnico do estadual deste ano, mas acabou demitido após não conseguir manter a regularidade da equipe na Série B.
“Vira-casaca”
No começo deste ano, Marcelo Oliveira, ex-treinador do Coritiba, foi anunciado pelo Cruzeiro. Antes da contratação ser oficializada, a torcida celeste protestou. O motivo? As “raízes” de Oliveira: começou a carreira de jogador no arquirrival Atlético-MG, atuando entre 1972 e 1979 pela equipe, voltando em 1984. Também trabalhou pelo alvinegro mineiro como treinador das categorias de base e da equipe profissional.
Apesar da raízes alvinegras, Marcelo Oliveira faz um grande trabalho no Cruzeiro. Após ser vice-campeão mineiro, a equipe encontrou seu melhor futebol e hoje lidera o Campeonato Brasileiro, com 50 pontos em 23 partidas, oito pontos a mais que o vice-líder, o Botafogo.